Aos poucos, o sistema de pagamentos Apple Pay vai lentamente se espalhando pelo mundo. Nesta terça, são usuários da Irlanda que recebem o serviço, para um número ainda limitado de bancos.
Aliás, este é o grande problema do Apple Pay: a pouquíssima aceitação dos bancos. Ele está chegando a outros países, mas para clientes de instituições menores, não as mais populares. Na Irlanda, apenas o Ulster Bank e KBC darão suporte, além do banco virtual Boon, que existe em diversos países europeus.
Esta semana, a Apple mudou a página sobre o serviço em alguns países e nos sites da Itália e Taiwan já é possível ver um botão laranja escrito “Em breve“. É bem possível que sejam os próximos países a receberem o Apple Pay.
No Brasil, a página nem existe ainda, o que é um forte indício de que não há realmente planos a curto prazo para o serviço em nosso país. Desde 2015 se escuta sobre possíveis negociações com bancos nacionais e até um esforço da própria MasterCard, mas até agora nem sinal de acordo.
Se analisarmos outros países, notamos que em muitos apenas bancos menos conhecidos adotaram o serviço, sendo que os grandes se recusam a aceitar que outras empresas (no caso a Apple) possam também lucrar com um serviço dominado por eles. Com isso, não é muito difícil imaginar porque está tão difícil chegar ao Brasil: aqui, os grandes bancos dominam o cenário financeiro, e praticamente não há espaço para os pequenos. Se eles não aceitarem abrir mão de uma parte da porcentagem dos pagamentos, nenhum acordo evolui.
Felizmente está crescendo aos poucos em nosso país alguns bancos virtuais e até cartões de crédito não associados aos grandes bancos (como é o caso do Nubank). Se um dia o Apple Pay chegar em terras brasileiras, é bem provável que seja por eles e não pelos bancos clássicos.