Voltemos um pouco no tempo. Quatro anos, para ser mais exato: abril de 2007. A Apple só vendia computadores e iPods e tinha anunciado semanas antes que iria entrar em um novo ramo, o da telefonia celular. Muitos riram e a acharam petulante por querer brigar com gigantes como Nokia e Motorola que há anos dominavam o mercado. Mesmo assim, o seu novo iPhone não saía das páginas dos jornais, esperando seu lançamento no final de junho.
Além da fabricante do BlackBerry (leia “RIM achava impossível criar um celular como o iPhone em 2007“), outros protagonistas da indústria duvidavam do sucesso que ele faria, como foi o caso do presidente da Microsoft:
Hoje, a história é outra. Com o último resultado fiscal, a Apple tomou o primeiro posto como a empresa de telefones que mais fatura no mercado. E tudo isso em menos de 4 anos.
A marca é importante principalmente por ultrapassar a Nokia, a gigante finlandesa que mais vende unidades de aparelhos no mundo.
Em quatro anos, a Apple não apenas revolucionou o mercado, mas a ela mesma, garantindo que seus resultados financeiros batam recordes atrás de recordes a cada trimestre. Hoje, entre todos os produtos que ela comercializa, o faturamento só com iPhones representa nada menos que 50%.
Se formos considerar os dispositivos que rodam iOS, o número é ainda mais significante, com mais de 62%.
A visão de Steve Jobs de que o futuro está nos dispositivos móveis (e não mais nos PCs que conhecemos) está causando uma transformação gradual da empresa. Se for confirmado nossa desconfiança de que a ideia no futuro é unir o iOS com o Mac OS, a Apple se tornará definitivamente em uma empresa de soluções móveis, preparada para a tendência do futuro.
Só a Microsoft resiste em enxergar este futuro.