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Apple vira vítima da retaliação chinesa em nova investigação antitruste na App Store

A disputa comercial entre Estados Unidos e China pode estar prestes a dar mais uma reviravolta, e desta vez a Apple está no meio do fogo cruzado.

Diante das novas tarifas impostas pelos EUA (que, segundo analistas, estão prejudicando tanto empresas quanto consumidores americanos), a China está considerando investigar a Apple (de novo) por supostas práticas anticompetitivas na sua App Store, a loja de aplicativos do iPhone.

O movimento surpreende porque, em maio do ano passado, as autoridades chinesas já haviam concluído que a empresa não abusava do seu poder no mercado.

Agora, porém, a retaliação parece estar ganhando força.

Se a investigação avançar, a Apple poderá enfrentar desafios em um de seus mercados mais importantes, reacendendo o debate sobre como essa guerra comercial afeta não só governos, mas também gigantes globais e até o bolso do consumidor comum.

O contexto das tarifas comerciais

Os Estados Unidos decidiram aumentar as tarifas sobre produtos chineses, dizendo que é para “proteger a indústria local”.

Só que os economistas estão com o pé atrás: na prática, quem acaba pagando a conta são as empresas e os consumidores americanos. Eletrônicos, peças industriais… Tudo fica mais caro, e isso pode frear as vendas justo quando a economia dos EUA tenta se recuperar em meio a tantas crises globais.

Para piorar, a China não ficou de braços cruzados.

Além de retaliar com tarifas sobre produtos como soja e minérios americanos, parece estar aprimorando sua estratégia: agora mira símbolos do poder dos EUA, como a Apple.

A App Store no centro da briga

Em 2023, a China já havia investigado a App Store, mas acabou concluindo que a Apple não quebrava regras de concorrência – mesmo com desenvolvedores reclamando das taxas de até 30% cobradas pela empresa.

Agora, segundo o site de notícias Bloomberg, o caso pode voltar à tona. E ninguém duvida que a geopolítica tenha dedo nisso.

É um recado claro da China: a Apple depende muito do mercado chinês, que representa quase 20% do seu faturamento. Mesmo sem provas técnicas, uma investigação assusta“, explica Li Wei, economista em Pequim.

Ou seja, virou jogo de xadrez: cada lado mexe uma peça para ver quem pisca primeiro.

Tecnologia como campo de batalha

A briga entre EUA e China não é só sobre tarifas. É uma guerra por domínio em áreas como inteligência artificial, chips e comércio digital.

Atacar a Apple, ícone da tecnologia americana, é um jeito de mostrar que a China pode atingir pontos vitais dos EUA.

No fim das contas, quem se machuca é o consumidor: preços sobem, opções diminuem e o clima para negócios fica imprevisível.

Enquanto isso, a Apple segue em silêncio. Analistas apostam que a empresa vai tentar negociar nos bastidores com o governo chinês – porque, nessa guerra, ninguém quer virar o próximo alvo.

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