Apple detalha como é o sensor de frequência cardíaca do Apple Watch
Desde que a Apple apresentou pela primeira vez o Apple Watch, em setembro, surgiu a dúvida de quão preciso seria seu sensor de batimentos cardíacos, um dos carros-chefes do relógio. Principalmente porque esta função não é tão performática em relógios da concorrência, como o Moto 360, que constantemente falha ao tentar medir a pulsação.
Antes mesmo do lançamento, a empresa já preparou um documento em que dá dicas de como fazer os sensores funcionarem bem no seu smartwatch.
Por enquanto a página está apenas em inglês e detalha o funcionamento dos sensores. Mas através dela já é possível saber que o Watch mede a frequência cardíaca do braço a cada 10 minutos, e envia a informação para o aplicativo Saúde, que registra e estima quantas calorias você está queimando durante o dia. E durante um exercício, é possível saber a sua intensidade.
Além desta medição automática, é possível medir os batimentos a qualquer momento, puxando a tela de Resumo (Glances), em um movimento similar àquele que fazemos para visualizar a Central de Controle do iPhone (de baixo para cima).
Como ele mede a frequência cardíaca
O sensor de frequência cardíaca do Apple Watch usa a fotopletismografia. E ela explica o que significa esta palavra feia:
Esta tecnologia, ao mesmo tempo difícil de pronunciar, é baseada em um fato muito simples: o sangue é vermelho porque ele reflete a luz vermelha e absorve a luz verde. O Apple Watch usa luzes LED verdes emparelhadas com fotodiodos sensíveis à luz para detectar a quantidade de sangue que flui através de seu pulso em um dado momento. Quando seu coração bate, o fluxo de sangue em seu pulso – e a absorção de luz verde – é maior. Entre batidas, é menos. Ao piscar suas luzes LED centenas de vezes por segundo, o Apple Watch pode calcular o número de vezes que o coração bate por minuto – ou seja, a sua frequência cardíaca.
Na mesma página ela também explica algumas razões da leitura eventualmente poder falhar: pulseira muito solta ou muito apertada, baixa perfusão do sangue (ocasionada por ambientes muito frios, por exemplo), e exercícios com movimentos irregulares, como boxe ou tênis. Já os rítmicos, como corrida ou bicicleta, ele tem mais facilidade de apresentar boas leituras.
O relógio também é capaz de usar outros sensores de acordo com a ocasião. Por exemplo, se você estiver caminhando ou correndo em uma esteira de academia, ele usará o acelerômetro para medir a quantidade de atividade. Se estiver na rua, correndo ou andando de bicicleta, ele usará o GPS do iPhone. Isto tudo alimentará o aplicativo Atividade, para incentivar você a sempre se movimentar mais.
O sensor de batimentos cardíacos é fundamental para medir diversas atividades de saúde, que é uma das funções mais alardeadas pela Apple para seu novo Watch. Por isso a sua preocupação em que todo mundo saiba como fazer funcionar corretamente, para que não se crie um futuro sensorgate por causa de sensores que não funcionam direito.
O lançamento oficial do Apple Watch será nesta sexta, dia 24, e você acompanha a cobertura completa aqui no Blog do iPhone.