Apple escolhe Alibaba para levar IA à China após recusar parceria com DeepSeek

De acordo com um relatório do The Information publicado nesta terça-feira (23), a gigante de Cupertino fechou uma parceria com a Alibaba, gigante do comércio eletrônico e tecnologia chinesa, para lançar sua plataforma de inteligência artificial, a Apple Intelligence, no país.
A jogada acontece depois que a empresa descartou colaborações com a startup de IA DeepSeek e com a ByteDance, dona do TikTok.
O movimento revela a pressão da Apple para reconquistar espaço em um mercado crucial, onde as vendas de iPhone caíram 11% recentemente — queda que o CEO Tim Cook atribuiu, em parte, à falta de recursos de IA nos dispositivos.
Os perrengues da Apple na China
A introdução da Apple Intelligence no mercado chinês não tem sido fácil.
A empresa inicialmente tentou uma parceria com a Baidu, líder em buscas na China, para adaptar seus sistemas de IA aos usuários locais. Só que, pelo visto, a coisa não deu muito certo: problemas técnicos e regulatórios complicaram a integração.
Foi aí que a Alibaba entrou em cena.
Com sua infraestrutura robusta em nuvem e experiência em IA, a empresa chinesa parece ser a peça que faltava para a Apple desembarcar de vez com sua tecnologia no país.
Detalhes ainda são escassos, mas a expectativa é que recursos como o Siri turbinado e edição de fotos com IA cheguem aos iPhones chineses em breve.
Por que a Apple disse “não” ao DeepSeek?
A Apple até flertou com a DeepSeek, startup que vem fazendo barulho no cenário de IA da China, e com a ByteDance, mas preferiu não seguir adiante.
Motivos? Ninguém sabe ao certo, mas é possível que preocupações com regulamentação, compatibilidade técnica ou até estratégia de longo prazo tenham pesado.
Ao escolher a Alibaba, a Apple optou por um parceiro já consolidado — e que conhece tim tim por tim tim as regras do jogo na China, incluindo leis rígidas de dados e censura.
iPhone SE 4: o trunfo para reconquistar o público
A parceria com a Alibaba coincide com outro movimento estratégico: o lançamento do iPhone SE 4, previsto para breve.
O aparelho, mais acessível, sempre foi um sucesso em mercados emergentes como China e Índia, onde o preço é um fator decisivo.
Com a economia global ainda instável, o SE 4 pode ser a chave para a Apple frear a ascensão de rivais como a Xiaomi e a própria Huawei.