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Enviamos um AirTag (ativado) pelos Correios no Brasil. Funciona?

Os AirTags da Apple não possuem conexão com a internet. Para enviar sua localização, ele precisa estar perto de algum dispositivo da marca (um iPhone, um iPad ou um MacBook) para ser identificado via Bluetooth (de baixíssima consumação) para que este dispositivo sirva de mensageiro e envie a localização para os servidores do iCloud.

Aí você pensa: “Poxa, no Brasil quase ninguém tem iPhone, não vai funcionar“!

Será?

Para por à prova a tecnologia, ativamos um AirTag e o enviamos pelos Correios, de São Paulo até Brasília, para ver se ele seria identificado mesmo não possuindo conexão integrada com a internet.

Confira a seguir o resultado.

Parece até magia um dispositivo tão pequeno, que não possui conexão com a internet, enviar sua localização para a Apple. Mas esta tecnologia já existe no iPhone desde o iOS 13, quando o app Buscar Meu iPhone passou a funcionar de maneira offline.

O AirTag funciona da mesma maneira: sempre que ele estiver perto de um iPhone, iPad ou Mac, ele automaticamente se comunica via Bluetooth com o dispositivo, que avisará para a Apple que há um AirTag próximo.

Não precisa nenhuma interação do usuário, e nem precisa ser alguém conhecido. O processo acontece com qualquer aparelho compatível.

Por essa razão, muitos ficaram em dúvida se este tipo de rastreamento funcionaria bem no Brasil. Afinal, com uma parcela proporcionalmente bem pequena de usuários de iOS, seria possível saber onde o AirTag está, mesmo se ele ficar distante do nosso iPhone?

Pois para tirar a prova, fizemos nosso AirTag viajar mais de 1.000 Km para ver até onde ele seria rastreado.

Enviando pelo Correio

A primeira coisa que fizemos foi ativar e parear o AirTag com nosso iPhone.

Depois colocamos o rastreador em uma caixa e enviamos o pacote pelo Correio, com destino à capital do país, Brasília.

Rastreamento

O rastreamento não acontece em tempo real. Ou seja, você não vê a bolinha caminhando conforme o pacote vai se movendo.

Em vez disso, ele registra “instantâneos” quando passa próximo de um dispositivo iOS. Repare que isso acontece mesmo que a tag esteja a quilômetros do iPhone do proprietário.

Já na agência de postagem, a tag é localizada (provavelmente graças ao nosso iPhone no momento da entrega.

Depois disso, ele foi localizado 3 horas depois da Rodovia Pres. Dutra (BR-116), em direção a Guarulhos, SP.

Durante a madrugada, ele aparece já no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Durante a manhã do dia seguinte (sábado), ele apareceu em outro ponto do interior de São Paulo.

Na manhã de domingo, o AirTag registrou que estava próximo de Uberaba, MG.

Somente na manhã de segunda que o pacote finalmente apareceu no aeroporto de Brasília.

Quando não se ativa o modo Perdido, não há nenhuma notificação especial quando o AirTag registra uma localização diferente. É o usuário que precisa manualmente abrir o app Buscar (no iOS) para saber o paradeiro do dispositivo. Por isso, provavelmente houve vários outros registros entre essas imagens que postamos aqui, que não ficaram em nosso histórico.

Durante a manhã, foi registrada a movimentação do pacote na cidade, antes da entrega.

No início da tarde, o pacote finalmente chegou ao seu destino final.

O AirTag deu muito mais informações que o código de rastreio dos Correios. 😂

Resultado

Como se conclui, o AirTag funciona sim no Brasil, até mesmo nos lugares mais longínquos, a quilômetros de distância do iPhone pareado.

A Apple realmente conseguiu apresentar uma solução que não exige grande consumo de energia (a pilha do AirTag tem carga que dura um ano) e que mesmo assim consegue enviar sua localização para o iCloud.

No Brasil, a unidade do AirTag sai por R$ 332,10 à vista (ou um pouco mais, se parcelar). Quem precisa de mais de um, pode optar pelo pacote com 4, que sai por R$ 1.124,10 à vista (R$ 281 cada).

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