Eu ainda estou custando a acreditar. O Portal Exame divulgou hoje uma possível faixa de preços que a Vivo supostamente pretende cobrar pelo iPhone 3G. O celular custaria entre R$1.000,00 e R$2.000,00, com planos entre R$65 e R$600.
Como é que é? Assinar um plano de 600 reais por mês e ainda ter que pagar mil reais pelo aparelho?
Me desculpem, mas não posso acreditar nessa notícia, por mais conceituada que seja a Revista Exame. Não tem o menor sentido isso.
Pensem comigo: não é possível que o Brasil fique tão em desacordo assim com o resto da América Latina. No país onde o aparelho é vendido mais caro (El Salvador) a maior mensalidade é de R$135,00 e mesmo se escolher um plano pré-pago, o iPhone não sai mais de R$1,400. Isso o modelo de 16GB!
Claro que a mensalidade no Brasil pode chegar bem mais que isso, mas o preço do aparelho teria que justificar um plano assim.
Eu me recuso a acreditar nesta matéria da Exame. Se o aparelho custasse mesmo R$2.000,00, seria disparado o iPhone oficial mais caro do mundo, ganhando com folga até mesmo da Índia. Se forem confirmados esses valores, as vendas não poderão competir com o mercado paralelo, que é capaz de trazer pelo mesmo preço o aparelho desbloqueado de fábrica e sem vínculo com nenhuma operadora.
Desculpe Exame, mas não tem cabimento nenhum estes preços. Eu não acredito neles e aconselho a ninguém acreditar até que a operadora faça um anúncio oficial.
Eu sou como São Tomé: só acredito vendo.
N.D.R. – Para que não haja equívocos: não afirmamos em nenhum momento que a Exame esteja mentindo em sua matéria ou que o seu portal não mereça credibilidade, apenas não acreditamos nestes preços. Isso pode muito bem ter sido uma notícia falsa plantada pela própria operadora para testar a reação do mercado. Apenas exercemos nosso direito de analisar e avaliar o que lemos na imprensa, prática essa muito saudável, por sinal. Se metade do povo brasileiro fizesse isso, ao invés de aceitar passivamente tudo que lê, não teríamos os políticos que temos hoje.
As informações podem se tornar realidade? Sim. Mas enquanto nenhuma operadora confirmar oficialmente, eu tenho o direito de duvidar.