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Apple procura um novo produto que repita o sucesso do iPhone

A Apple está tentando expandindo seu portfólio com realidade mista, óculos inteligentes, homeOS e IA, criando um ecossistema mais conectado

A cada nova keynote da Apple, uma pergunta persiste entre os comentários e debates especializados: a empresa perdeu seu toque de Midas?

Desde o lançamento do iPhone, que redefiniu a indústria de tecnologia móvel e trouxe à Apple lucros sem precedentes, muitos especulam sobre sua capacidade de repetir tal sucesso.

O jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, ecoa essa ideia: encontrar um novo produto que atinja a popularidade e as margens do iPhone é uma tarefa quase impossível.

Mas, afinal, isso importa para o futuro da empresa?

O iPhone e seu legado inigualável

Em termos de lucro, o iPhone é insuperável.

Gera mais de 200 bilhões de dólares por ano, representando mais da metade dos rendimentos da Apple.

E isso não inclui os lucros adicionais vindos de serviços e produtos relacionados, como a Apple Watch e os AirPods, que também dependem da existência do smartphone. Sem o iPhone, esses dispositivos perderiam grande parte de sua relevância no ecossistema da empresa.

Nos últimos 15 anos, a Apple tem aproveitado cada possibilidade de maximizar o potencial do iPhone.

O iPad, por exemplo, foi inicialmente uma extensão do iOS antes de ganhar uma certa autonomia. Hoje, gera aproximadamente 25 bilhões de dólares anuais.

Dispositivos como a Apple Watch e os HomePods também contribuem significativamente para a receita, adicionando cerca de 40 bilhões de dólares anuais.

Novos projetos e obstáculos

Apesar desse sucesso, a busca por outro produto com o impacto do iPhone tem sido desafiadora.

O projeto da Apple Car, por exemplo, enfrentou problemas relacionados às baixas margens de lucro da indústria automotiva e à infraestrutura necessária para produzi-la, levando a um fracasso antes mesmo de sua estreia.

Já o Vision Pro, um headset de realidade aumentada, chegou ao mercado, mas com limitações: seu alto custo de produção e preço de venda restringem o público a uma elite reduzida, tornando difícil a ampliação da base de consumidores.

Então, como a Apple se reinventa? A estratégia é aprimorar produtos existentes e explorar nichos que possam gerar engajamento e lucro.

Macs continuam recebendo processadores mais potentes, designs mais elegantes e, quem sabe, telas sensíveis ao toque.

O iPad pode ganhar modelos de tela maior e versões dobráveis. A Apple Watch deve evoluir com sensores mais sofisticados, como para medição de pressão arterial e níveis de glicemia.

No campo dos wearables, o Vision Pro pode receber uma atualização que promete um uso mais abrangente, como a capacidade de projetar um gigantesco display panorâmico do Mac, atraindo entusiastas de tecnologia.

Além do headset de realidade mista, a Apple está trabalhando em um projeto ainda mais ambicioso: óculos inteligentes, conhecidos internamente pelo codinome “Atlas”.

Diferentemente do Vision Pro, os óculos inteligentes visam um uso mais discreto e contínuo, oferecendo funcionalidades de AR que podem integrar informações em tempo real ao campo de visão do usuário.

Dispositivos para casa inteligente

Outro campo promissor é o da automação residencial.

A Apple tem se dedicado em seus laboratórios à criação de dispositivos domésticos que integram funcionalidades de assistentes de voz com telas interativas.

Um exemplo são os protótipos de dispositivos que mesclam as capacidades do HomePod com um display e até mesmo um modelo com um braço robótico que acompanha os movimentos do usuário, demonstrando a intenção de renovar a experiência do usuário em casa.

A integração da Apple Intelligence

A inteligência artificial também está no centro dos novos projetos da Apple, com a criação da plataforma Apple Intelligence.

O foco da empresa agora é integrar a sua IA em todos os seus produtos, para oferecer aos usuários uma experiência intuitiva, eficiente e contínua, para aprimorar tarefas cotidianas.


O que todos se perguntam? Será que a Apple conseguirá um dia ser conhecida por um produto que não seja o iPhone?

7 Comentários

  1. Acho pouco provável a Apple conseguir um dispositivo que faça tanto sucesso quanto o iPhone, dentre os citados no texto nenhum chega nem a 1/4 do que são os iPhones.
    Eu ficaria extremamente feliz se a Apple focasse muito em deixar o iPhone tão fluido quanto era no passado, essa busca desenfreada por outro super iDevice não ajuda em nada nós usuários.

    Pra vocês terem uma noção, um bug que não afeta alguns, mas já li muuuitos relatos, e que vem desde o iOS 17, é o lag/travamento do teclado, isso atrapalha diretamente o uso do iPhone, e mesmo assim a Apple não conseguiu corrigir até hoje.
    Pra adicionar mais um erro absurdo do teclado é a previsão de palavras e falta de acentuação, a previsão está horrível desde o 17, já a acentuação começou no iOS 18.1.
    O app shortcuts também está péssimo, com alguns atalhos bem simples deixando de funcionar do nada.

    Recentemente tive que formatar meu iPhone pq a funcionalidade do modo sono simplesmente deixou de funcionar, eu ativava os horários e mesmo assim eles sumiam, depois da formatação voltou ao normal… mas enfim, são coisinhas “bestas” que no fim das contas tomam muito tempo e paciência.

    Ah, também essa questão da Apple Intelligence, por mais que vocês falem e falem que precisa de mais RAM para rodar tudo localmente, existem algumas funções que são muito simples e que poderiam ser adicionada aos dispositivos mais antigos, mas pra vender mais dos novos, ela capou o restante, ainda chegará um momento em que parte do público pagante deixará de pagar mais caro num iPhone só para ter funcionalidades diferentes, esse momento ainda não chegou pelo visto, mas as vozes na minha cabeça dizem que chegará, kkk.

  2. Posso estar errado, mas tecnicamente em termos de tecnologia meio que chegamos no limite. Continuaremos a ter melhorias e incrementações que dão mais praticidade e ao que já temos, mas acho difícil a curto prazo haver uma reinvenção da roda por quem quer que seja, no que quer que seja. Talvez uma reformulação da bateria seria algo marcante, já que é o maior percalço dos dispositivos e a empresa que conseguir efetivamente combinar uma bateria que não fique grande demais, seja segura e consiga render dias ou semanas para um smartphone, vai meio que reinventar a roda nesse sentido, já que as atuais baterias de litio chegaram ao seu limite tecnologico. Tanto que as fabricantes se concentram ou em baterias maiores, ou uma melhor eficiencia energetica dos processadores e componentes ou uma combinação das duas coisas.

  3. Depois do iPhone, em 2007, o "wow" seguinte veio pelas LLMs.
    Neste a Apple perdeu o bonde. Estava ocupada demais tentando fazer um carro, um relógio, um óculos e outras "bobagens" que nunca sairão do papel.

    Agora, só daqui 10 anos.

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