Intelligence

Como a Apple Intelligence se sai frente às IA do Google e da Samsung?

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma das maiores frentes de inovação nos smartphones, com gigantes como Google e Samsung liderando o caminho.

Essas empresas têm investido significativamente para incorporar IA em seus ecossistemas, resultando em ferramentas como chatbots avançados, IA generativa e diversas funcionalidades úteis que já estão presentes no Android 14 e One UI 6.

No entanto, a Apple, que historicamente chega depois ao mercado, mas com soluções polidas e integradas, finalmente entrou no jogo com o lançamento da Apple Intelligence, agora disponível em beta para desenvolvedores no iOS 18.1.

Neste artigo, vamos explorar como a inteligência artificial da maçã se compara às ofertas atuais de IA da Google, analisando seus recursos, suas limitações e o que isso pode significar para o futuro da IA em dispositivos móveis.

A chegada da Apple Intelligence

A Apple Intelligence, anunciada na WWDC, é a resposta da Apple à crescente demanda por IA integrada nos smartphones.

A empresa é conhecida por sua abordagem cuidadosa, frequentemente aguardando o momento certo para lançar funcionalidades que já foram experimentadas por seus concorrentes.

No entanto, o lançamento da Apple Intelligence em beta revela que, embora a empresa esteja a caminho de entregar uma experiência sólida, ainda há um longo percurso pela frente.

Muitas das funcionalidades prometidas não estão disponíveis na versão beta atual, o que levanta questões sobre se a Apple conseguirá cumprir o que prometeu até o lançamento oficial do iPhone 16 e do iOS 18.

Apple Intelligence: O que estará disponível inicialmente

Até o momento, o destaque da Apple Intelligence é o conjunto de Ferramentas de Escrita (Writing Tools), que funcionam de maneira semelhante ao “Ajuda-me a escrever” e ao “Proofread” da Google, ou à IA do teclado da Samsung.

A grande diferença que a Apple traz é a integração profunda dessas ferramentas ao longo de todo o sistema iOS, permitindo que os usuários as acessem em qualquer lugar, seja navegando na web, em redes sociais ou em aplicativos de mensagens.

Por exemplo, as Ferramentas de Escrita podem resumir um artigo diretamente na página da web onde ele está sendo lido, ou ajudar a compor e refinar um comentário em um fórum, sem a necessidade de abrir um aplicativo separado ou utilizar um campo de texto específico.

Apple Intelligence Correcao texto

Essa consistência e acessibilidade são características que distinguem a abordagem da Apple das ofertas atuais do Google, que muitas vezes limitam suas funcionalidades de IA a aplicativos ou situações específicas.

Além das Ferramentas de Escrita, o Apple Intelligence oferece novos recursos para o Siri, melhorias na gravação de chamadas e anotações automáticas, mostrando uma integração que se destaca pela atenção aos detalhes.

Por exemplo, a capacidade de iniciar uma gravação de chamada automaticamente com transcrição em tempo real e a opção de tomar notas paralelamente é uma adição valiosa para usuários que precisam dessas funcionalidades no dia a dia.

O que ainda falta?

Embora a Apple Intelligence tenha mostrado potencial, há várias funcionalidades que ainda não foram implementadas na versão beta, como o “Playground de Imagens“, o “Genmoji” e a integração com o ChatGPT.

Apple Intelligence Imagem

Estas são algumas das funcionalidades mais aguardadas que foram mencionadas durante a WWDC, e a sua ausência na versão beta alimenta preocupações de que a Apple possa estar enfrentando desafios para entregar tudo a tempo.

A ausência dessas funcionalidades também deixa a Apple em uma posição vulnerável em comparação com seus concorrentes.

O Google, por exemplo, tem uma vasta gama de recursos de IA que, embora não sejam tão bem integrados quanto as Ferramentas de Escrita do Apple Intelligence, oferecem uma diversidade maior de funcionalidades, como o “Magic Compose“, disponível em certas regiões, e a suíte de ferramentas do Google Workspace.

Comparação com o a IA dos outros

Comparando diretamente com o Google AI, fica claro que a Apple Intelligence ainda está em fase de desenvolvimento, enquanto o Google já possui uma série de funcionalidades robustas e em uso há algum tempo.

O Google AI, alimentado pelo Gemini, é um exemplo disso.

No entanto, para tirar o máximo proveito dessa ferramenta, os usuários precisam trocar o Google Assistant pelo Gemini, o que pode não ser uma troca que agrade todos os usuários.

Outro ponto a favor do Google é a variedade de funcionalidades experimentais e exclusivas, como o “Pixel Call Assist” e o “Live Translate” da Samsung, que oferecem experiências de usuário enriquecidas e funcionalidades que ainda não têm equivalente no iOS.

Ainda assim, a força da Apple reside na integração.

Enquanto o Google AI oferece funcionalidades fragmentadas e muitas vezes regionais, a Apple Intelligence está posicionada para oferecer uma experiência de usuário mais coesa e intuitiva, o que pode ser um diferencial significativo à medida que essas ferramentas forem amadurecendo.

O que esperar no futuro?

Embora a Apple Intelligence esteja dando seus primeiros passos, há muito espaço para crescimento e aprimoramento.

Como a Apple está apenas começando a liberar essa funcionalidade em beta, é provável que vejamos melhorias e a adição de novas funcionalidades até o lançamento oficial do iOS 18.1.

Por outro lado, o Google e a Samsung não estão parados. Ambos os concorrentes têm tempo para responder às inovações da Apple e lançar suas próprias melhorias com o Android 15 e o One UI 7, respectivamente.

O que importa para nós, usuários da Apple, é que a maçã entrou nessa corrida e a competição promete fazer esse mercado crescer ainda mais, beneficiando justamente nós, usuários.

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