A Proton, uma empresa suíça conhecida por seus serviços de e-mail, VPN, armazenamento e calendário, agora entra no mercado de gerenciadores de senhas com o lançamento oficial do Proton Pass. Essa iniciativa faz sentido se considerarmos o compromisso da empresa com a segurança e privacidade dos dados do usuário.
Assim como outros serviços semelhantes, o Proton Pass permite a criação, armazenamento e preenchimento automático das informações de login para sites. Além disso, o Proton Pass possibilita a importação de dados a partir da maioria das concorrentes por meio de um arquivo CSV ou outro formato compatível.
O serviço inclui recursos essenciais, como a geração de senhas robustas, o gerenciamento de autenticação em dois fatores, a criação de diferentes cofres e a adição de notas relacionadas às informações de login ou independentes delas.
No entanto, é notável que ele é um produto recente e ainda possui algumas limitações.
Limitações do Proton Pass
Ele não é tão completo quanto concorrentes estabelecidos no mercado há anos, como o 1Password ou o Dashlane.
Faltam recursos importantes, como uma auditoria de segurança que verifique se senhas vazaram, se há senhas duplicadas e se é possível ativar a autenticação em dois fatores em determinados sites, entre outros.
Outra lacuna significativa é a ausência de cofres compartilhados entre vários usuários, mesmo considerando que o iCloud Keychain já implementou essa funcionalidade no iOS 17. No entanto, espera-se que essa capacidade seja disponibilizada nos próximos meses.
Apesar dessas limitações, o Proton Pass já apresenta um recurso prático que ainda não é amplamente encontrado em seus concorrentes: o “hide my email” (esconder meu e-mail).
Funcões importantes
Durante o processo de registro em um site, o serviço oferece ao usuário a possibilidade de criar um alias de endereço de e-mail para não expor o seu endereço real.
Essa funcionalidade funciona com todos os serviços de e-mail, não apenas o Proton Mail, embora a integração com este último seja evidente.
Usuários do iCloud+ estão familiarizados com esse processo há dois anos, mas o Proton Pass visa alcançar um público mais amplo ao ser multiplataforma.
O Proton Pass possui aplicativos para iOS e Android, além de extensões para Chrome, Brave e Firefox nos sistemas desktop, exceto para o Safari.
No Mac, a Proton disponibilizou apenas a versão do iPad de seu aplicativo (compatível apenas com os Macs Apple Silicon) sem qualquer adaptação para o macOS.
Está prevista uma versão adequada para desktop, mas, por enquanto, os usuários precisam utilizar a extensão do navegador (não há um aplicativo web) ou a versão do iPad não otimizada, o que está longe de ser o ideal.
Foco na segurança
Em relação à segurança, todas as informações de identificação, notas, senhas e até mesmo metadados no Proton Pass são criptografados de ponta a ponta.
O Proton Pass utiliza o algoritmo de hash bcrypt e uma implementação aprimorada do Secure Remote Password para autenticação. Uma auditoria de segurança realizada por uma empresa terceirizada será publicada nas próximas semanas.
Preços
O Proton Pass oferece um plano gratuito com algumas limitações, como um único cofre, 10 aliases de e-mail e a ausência de gerenciamento de autenticação em dois fatores.
No entanto, os usuários podem utilizar esse plano em todos os seus dispositivos e armazenar quantas senhas desejarem.
O plano Proton Pass Plus, que remove todas as restrições, custa R$ 79,90 por ano ou R$ 799,90 o plano Unlimited.
Considerando as atuais limitações do serviço, sua assinatura não é tão competitiva em comparação com o 1Password ou o Dashlane.
Mas, a promessa dos seus criadores é que o app evolua nos próximos meses, oferecendo funcionalidades que o coloquem no mesmo nível que os líderes do mercado.
Sabemos que temos diversos leitores que gostam de usar o Proton Mail, por causa do cuidado com a privacidade. Então, saber que há esta possibilidade de app para as senhas é algo que pode interessar.
