A Apple está levando adiante um processo judicial contra o famoso vazador Jon Prosser, conhecido por divulgar informações privilegiadas sobre produtos da empresa antes dos lançamentos oficiais.
Segundo documentos do tribunal, Prosser deixou de responder dentro do prazo legal, o que abriu caminho para que o caso siga sem a participação dele — algo que dá uma vantagem considerável à Apple.
A ação, movida no Tribunal do Distrito Norte da Califórnia, também cita Michael Ramacciotti, um suposto cúmplice que teria ajudado Prosser a obter acesso a um iPhone interno com o iOS 26, revelando em primeira mão detalhes visuais de como seria o sistema.
Como tudo começou
De acordo com a Apple, Ramacciotti era amigo de um engenheiro da empresa, Ethan Lipnik, e teria conseguido manusear um dos dispositivos de teste usados pela equipe de software.
Nesse meio tempo, Prosser teria participado de uma chamada FaceTime para visualizar o sistema e capturar informações sigilosas sobre o novo iOS, incluindo detalhes de design e recursos ainda secretos.
Esses dados, segundo a empresa, acabaram sendo transformados em renders e publicações divulgadas por Prosser em seus canais e redes sociais.
A Apple afirma ainda que ele ofereceu algum tipo de compensação financeira a Ramacciotti em troca do acesso.
O silêncio de Prosser
Quando o processo foi aberto, em julho de 2025, Prosser se manifestou publicamente nas redes, dizendo que não planejou o vazamento nem sabia como o acesso havia sido obtido.
Mas, desde então, ele não apresentou defesa formal nem respondeu às notificações do tribunal.
No dia 17 de outubro, o juiz autorizou que o caso prossiga mesmo sem sua participação — o que pode levar a um julgamento à revelia, com condenação automática.
Isso significa que a Apple poderá buscar indenização financeira e uma ordem judicial proibindo Prosser de divulgar qualquer informação futura sobre produtos da empresa.
Nos últimos anos, a empresa tem enfrentado uma verdadeira guerra contra insiders e leakers, que costumam antecipar novidades de iPhones, Macs e sistemas antes das apresentações oficiais
Se vencer o processo, a Apple poderá estabelecer um precedente importante — tornando mais arriscado para criadores de conteúdo e influenciadores divulgar informações obtidas de fontes internas.
Prosser é uma figura conhecida no ecossistema Apple, com um histórico de acertos e erros em seus vazamentos.

