O novo MacBook Pro com chip M5, lançado nesta semana, terá uma particularidade especial no continente europeu: lá, o computador será vendido sem o adaptador de energia na caixa. É a primeira vez que isso acontece com um Mac, embora iPhones já venham assim há cinco anos e iPads desde o ano passado.
A medida, por enquanto, vale apenas para a Europa, onde a Apple precisou se adaptar à Lei dos Mercados Digitais (DMA), que determina que, a partir de 26 de abril de 2026, todos os computadores vendidos na União Europeia deverão oferecer carregamento via USB-C e permitir que o cliente escolha se quer ou não comprar o adaptador.
Por isso, o novo MacBook vem apenas com o cabo MagSafe e sem nenhuma fonte de energia.
O tal do lixo eletrônico
Por um lado, tem uma lógica: a União Europeia busca reduzir o lixo eletrônico e incentivar o uso de acessórios universais.
Se o usuário tiver um carregador único que alimente todos os seus dispositivos, ou possa usar um emprestado de outro dispositivo, não importando a marca, isso ajuda a não acumular carregadores que acabam não sendo usados.
Por outro, é difícil aceitar pagar quase 2.000 euros por um notebook e ainda ter que desembolsar mais 85€ para comprar o carregador à parte.
Para smartphones, não incluir carregador na caixa faz mais sentido. É muito mais fácil conseguir qualquer carregador USB emprestado, que o celular será carregado de qualquer forma, mais rápido ou mais lentamente. Mas para computadores, a lógica não é a mesma.
Nem todos os carregadores USB-C são iguais. Modelos como o MacBook Air funcionam com adaptadores comuns, mas os MacBook Pro mais potentes exigem energia bem maior.
Não é à toa que o antigo M4 Max vinha com um carregador de 96 W.
Na prática, quem comprar o novo MacBook Pro M5 na Europa terá que se virar para encontrar um adaptador compatível — ou comprar o original da Apple, que continua sendo vendido separadamente.
O risco de virar padrão
O problema é isso no futuro virar tendência e se espalhar para outros mercados, como o nosso aqui no Brasil.
Se o faturamento aumentar porque as pessoas estão pagando o preço cheio do MacBook e ainda por cima gastando mais em carregador extra, isso pode fazer brilhar os olhos de Tim Cook e tornar isso padrão no mundo inteiro.
E se isso acontecer, teremos que “agradecer” à União Europeia.


Definitivamente nobreza não é o forte da Apple.
Sejamos honestos, a Apple poderia tranquilamente retirar o carregador, mas dar a opção a quem precisar de obter o carregador sem custo adicional, ou será que o novo Mac ia custar 99 euros a mais por vir com carregador? Sinto que a Apple ainda está magoada pelas bordoadas que recebeu da UE nos ultimos anos e ta tentando se vingar descontando erroneamente no consumidor.