A Apple anunciou oficialmente o chip M5, a mais nova geração do seu processador para Macs, iPads e até para o Vision Pro.
Fabricado com a terceira geração do processo de 3 nanômetros, o novo chip promete não apenas mais velocidade e eficiência, mas também um foco inédito em processamento de inteligência artificial local, um dos pilares da estratégia da empresa para o futuro.
Disponível inicialmente nos novos MacBook Pro, iPad Pro e Vision Pro, o M5 representa a maior evolução da linha Apple Silicon desde sua criação em 2020.
GPU com aceleradores neurais: o coração da revolução
O destaque do M5 é sua nova GPU de 10 núcleos, que pela primeira vez inclui um Neural Accelerator dedicado em cada núcleo gráfico.
Isso significa que o chip é capaz de executar tarefas de IA diretamente na GPU, sem depender apenas do Neural Engine principal, o que resulta em até quatro vezes mais desempenho em cargas de trabalho de IA quando comparado ao M4.
Essa inovação reforça a aposta da Apple em processamento de IA no dispositivo, reduzindo a necessidade de conexão constante com servidores na nuvem.
Na prática, isso traz mais velocidade, privacidade e eficiência energética para recursos como o Apple Intelligence, geração de imagens, tradução local e outras funções avançadas.

CPU e Neural Engine também evoluíram
O M5 mantém a arquitetura de 10 núcleos de CPU (6 de eficiência e 4 de desempenho), mas com melhorias internas que resultam em até 15% mais performance multithread em relação ao M4.
Já o Neural Engine de 16 núcleos também foi aprimorado, sendo capaz de executar até 20 trilhões de operações por segundo, acelerando tarefas de aprendizado de máquina e reconhecimento de padrões.
Essas melhorias combinadas tornam o M5 uma peça central para o avanço do Apple Intelligence, o sistema de IA que estreou com o iOS 26 e agora começa a chegar ao macOS e ao iPadOS.
Mais memória e mais largura de banda
Outro avanço importante está na memória unificada, que agora atinge largura de banda de 153 GB/s, um aumento de cerca de 30% em relação ao M4.
O chip também oferece suporte a até 32 GB de memória unificada, permitindo lidar com projetos mais pesados de edição de vídeo, renderização 3D ou modelagem de IA sem engasgos.
Eficiência energética e sustentabilidade
Mesmo com todos esses ganhos, a Apple garante que o M5 continua sendo extremamente eficiente.
Graças ao processo de 3 nm aprimorado, o chip entrega mais desempenho consumindo menos energia, o que se traduz em autonomia maior nos dispositivos portáteis e menor aquecimento em tarefas intensas.
A empresa também destacou que o novo chip faz parte de seu compromisso com o Apple 2030, plano de neutralidade de carbono até o fim da década.
Por que o M5 é importante
O lançamento do M5 marca uma mudança de foco na linha Apple Silicon: até o M4, o avanço estava principalmente em desempenho bruto e eficiência.
Agora, a prioridade é inteligência artificial local, e isso tem impacto direto nos produtos que os usuários verão nos próximos anos.
Com o M5, a Apple cria a base de hardware necessária para rodar modelos generativos, tradução em tempo real e assistentes inteligentes totalmente dentro do dispositivo.
Em outras palavras: é o início da era em que Macs e iPads se tornam realmente “inteligentes”, sem depender de servidores externos.
Disponibilidade
Os primeiros produtos com o chip M5 estão disponíveis nos seguintes modelos:
- MacBook Pro de 14 e 16 polegadas;
- iPad Pro com M5, com tela Ultra Retina XDR;
- Apple Vision Pro (2ª geração), também atualizado com o novo chip.
A chegada ao Brasil ainda não tem data confirmada, mas deve ocorrer até o início de 2026.
O M5 não é apenas um chip mais rápido: ele redefine o que significa ter um processador “inteligente”.
Com aceleradores neurais integrados à GPU, o novo Apple Silicon abre caminho para experiências mais fluidas e privadas com IA, sem depender da nuvem.
Se o M1 marcou o início da transição dos Macs para o Apple Silicon, o M5 inaugura a era da Inteligência Artificial embarcada no ecossistema da Apple.

