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Tim Cook se manifesta contra o decreto que barra imigrantes muçulmanos nos EUA

A comunidade tecnológica reagiu rapidamente ao decreto assinado na sexta, que impede que cidadãos de 7 países entrem nos Estados Unidos. Tim Cook, CEO da Apple, emitiu um memorando interno em que tenta confortar os funcionários atingidos pela decisão.

Na sexta-feira, dia 28, o presidente Donald Trump decretou a proibição, durante 90 dias, da entrada no país de cidadãos nascidos em sete países muçulmanos: Irã, Iraque, Síria, Líbia, Somália e Iêmen. O problema é que as grandes empresas tecnológicas, como Apple, Google, Facebook, Microsoft, entre várias outras, usam muito talento estrangeiro e foram diretamente afetadas com este ato presidencial. Diversos funcionários que estavam viajando a trabalho ou de férias em seus países de origem não estão mais conseguindo voltar para os EUA, inclusive quem já possui um green card ou visto de trabalho.

Tim Cook não esperou passar o final de semana para se manifestar sobre o caso:

Há empregados da Apple que foram diretamente afetados pelo decreto de imigração de ontem. Nossas equipes de RH, Jurídica e de Segurança estão em contato com eles e a empresa fará qualquer coisa que puder para dar suporte a eles. […] Estamos em contato com a Casa Branca para explicar o efeito negativo em nossos colaboradores e em nossa companhia.

Eu já disse diversas vezes que a diversidade faz nossa equipe mais forte. […] Eu sei que eu posso contar com todos vocês para fazer com que todos na Apple se sintam acolhidos, respeitados e valorizados.

Nas palavras do Dr. Martin Luther King, “Nós viemos todos em diferentes navios, mas estamos no mesmo barco agora”.

É interessante lembrar que o pai biológico de Steve Jobs, Abdulfattah Jandali, era de uma família de imigrantes sírios. Se na época eles tivessem sido proibidos de entrar nos EUA, é possível que muito da revolução tecnológica que vivemos nas últimas décadas não teria acontecido da mesma forma.

Além de Cook, diversos outros líderes de empresas se manifestaram contra a decisão.

via The Verge

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