Raramente falamos da concorrência aqui, mas neste caso, há pontos interessantes a se destacar. Como muitos de vocês já sabem, ontem a Microsoft apresentou de surpresa o seu novo tablet, o Surface. E junto com ele, um acessório fortemente inspirado na Smart Cover da Apple, mas de forma melhorada: o Touch Cover.
Sempre pregamos aqui que imitar sem fazer evoluir, não é nada interessante para os usuários. O que a Microsoft apresentou ontem foi um exemplo de como a concorrência pode fazer evoluir o mercado sem precisar apenas copiar. Diferentemente dos tablets com Android, a empresa de Steve Ballmer entrou no mercado dominado pela Apple, mas seguindo seu próprio caminho.
O Touch Cover usa o mesmo princípio da Smart Cover, com ímãs que grudam no aparelho. Mas além de proteger a tela, ele traz um teclado super fino para ser usado com o tablet. Genial.
Esta é a diferença de copiar e evoluir uma ideia. Quando a Samsung lança uma cópia descarada da Smart Cover, sem propor nada de novo, o mercado perde com isso, porque não evolui. Se todos copiarem a Apple, ficaremos eternamente dependentes do que ela propor ou não.
Já o caso do teclado em forma de capa, foi a evolução de uma ideia. A Microsoft usou sim o conceito criado pela Apple, mas propôs algo melhor. Aliás, isso é exatamente o que a Apple sempre fez: pegar ideias já existentes e propor uma visão melhor delas. O próprio conceito de tablet, por exemplo, já era trabalhado pela Microsoft desde 2001, mas só se tornou realmente popular quando a Apple propôs uma forma melhor de usá-lo.
Palmas para a Microsoft, por ter nos apresentado algo diferente do iPad. São concorrentes assim que todos precisamos para fazer evoluir o mercado.
Mas isto quer dizer que o Surface será um concorrente à altura para o iPad? Não necessariamente.
Treino é treino, jogo é jogo. Por enquanto, ele só foi anunciado (não lançado) e ainda deverá passar pelos testes da vida real para saber se é tão bom quanto o tablet da Apple. Afinal, na propaganda, todo o produto é perfeito.
Até mesmo esta capa-teclado terá que ser testada na vida real. Se ela foi pensada para pessoas que precisam de um teclado físico, será que uma película fina assim (quase como se fosse um teclado virtual) agradará este público?
Só o tempo dirá.
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