Hoje pela manhã, colocamos as mãos no novo iPad (quem nos seguiu em nosso Twitter de eventos pode acompanhar a fila na Apple Store) e já podemos passar as primeiras impressões que tivemos do novo aparelho. Se você já tem iPad ou pretende comprar agora, este artigo é para você.
A tela é o grande diferencial
Conexão em LTE 4G e bateria de mais capacidade não são os diferenciais que interessam para quem mora no Brasil ou Europa, pois o primeiro ainda não pode ser usado fora dos Estados Unidos e a bateria continua com as mesmas 10h de duração. A grande diferença mesmo do novo iPad em relação aos outros é, sem dúvida, a qualidade da sua tela.
Com resolução de 4x mais pixels, a tela “Retina” (nome comercial que a Apple usou, mesmo alterando seu próprio conceito inicial) é realmente impressionante e muito agradável de visualizar. Com 40% a mais de saturação, as cores parecem mais vivas e radiantes, até mesmo na hora de tirar fotos com o aparelho.
Mas para quem já está acostumado com a tela Retina do iPhone 4/4S, não deverá se impressionar tanto, pois não é mais novidade. Porém, para quem possui um iPad anterior e já estava preferindo a tela do iPhone em relação a do tablet, gostará de ver que agora a sensação é a mesma nos dois aparelhos.
Em textos e imagens vetoriais a diferença é bem perceptível, parecendo algo impresso no vidro. Já para imagens normais, se elas não tiverem uma boa definição, isso aparecerá. Em sites de internet, por exemplo, acostumados com a resolução padrão de 72 ppi para o PC, as imagens perdem qualidade. Isto é algo que os webdesigners deverão se preocupar se outros aparelhos resolverem seguir a mesma linha da Apple (aliás, como sempre acontece). Páginas internet mais pesadas pode ser uma realidade no futuro.
Claro que, com o tempo, a tendência é estranhar a tela do iPad de gerações anteriores depois de se acostumar com aquela do novo iPad, algo como aconteceu com o iPhone 3GS quando surgiu a tela Retina.
Melhoramento notável na máquina fotográfica
Para quem gosta de tirar fotos com o iPad, sentirá uma boa melhoria na máquina fotográfica do novo tablet, que mesmo com apenas 5 Mpixels, possui todas as qualidades da câmera do iPhone 4S, como estabilizador de imagem e melhor interpretação de tons e saturação. Também conta com detector de faces (como o iPhone 4S), em que ele identifica rostos para ajustar o foco.
Interessante notar também a sensibilidade em ambientes escuros, mesmo sem um flash acoplado, mas isso discutiremos mais detalhadamente em um artigo dedicado.
Maior tempo para recarregar a bateria
Uma bateria de maior capacidade exige também mais tempo para recarregá-la. Ainda não tivemos tempo para quantificar o tempo suplementar que ela exige, mas muitos dizem que é preciso de algumas horas na tomada. Ainda mais que, como é possível ver no nosso unboxing, o carregador continua sendo de 10W.
Velocidade do A5X
O sistema do novo iPad está mais fluido, mas o novo processador A5X parece não trazer grandes melhorias de performance em relação ao já bom A5 do iPad 2. Na verdade, o clock continua sendo o mesmo (1GHz), só mudando o processamento gráfico para dar conta de 4x mais de pixels da tela Retina. O aumento de memória RAM também ajuda na fluidez do sistema, mas algumas animações do jogo Infinity Blade II (já adaptado para a tela Retina) deram as mesmas engasgadinhas que notamos no iPad 2.
Vale a pena trocar o iPad atual pelo novo iPad?
Talvez ainda seja cedo para dar uma opinião mais concreta quanto a esta pergunta, mas eu diria que quem possui já o iPad 2 e está contente com ele, não há motivos para a troca. A tela mudou, mas de resto as performances tendem a não ser muito diferentes.
Já quem tem um iPad 1 ou ainda não tem um iPad, a troca é indicada, pois aí as diferenças serão percebidas mais facilmente.
Estas são ainda as primeiras impressões do novo iPad. Durante esta semana, faremos diversos testes e demonstrações das características mais marcantes da novidade. Fique ligado. :)
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