Um dos rumores mais antigos do mundo Apple é o da abertura de uma montadora de produtos da companhia no Brasil. As esperanças aumentam ainda mais com a declaração de que o bilionário brasileiro Eike Batista estaria interessado em acelerar este empreendimento.
Eike diz sonhar em conseguir convencer a Maçã de que ela poderia implementar sua fábrica brasileira em Porto do Açú, no litoral norte fluminense, em um terreno de 90 mil metros quadrados. O projeto custaria 1,6 bilhões de dólares e também abrigaria empresas como GE e Siemens.
Sonho em trazer montadora da Apple para a gente ter produtos sem ter que pagar o dobro do que se paga nos Estados Unidos.
Eike, como um competente homem de negócios que é, está procurando boas oportunidades de sucesso para trazer ao país e como a Apple cresce cada vez mais por aqui, seria um grande filão poder reduzir os impostos dos produtos da Maçã. Mas a empresa de Steve Jobs seria apenas uma opção entre várias; se não der certo, ele já está de olho em tentar trazer uma fábrica da BMW para o mesmo local.
Alguns sites internacionais destacam que um ponto a favor seriam os constantes problemas que a Apple estaria tendo com suas fábricas na China, onde os preços começam a aumentar por causa do número de suicídios que aconteceram este ano. Daí a lógica de se procurar outro país para montar uma fábrica.
Mas sonhar e conseguir nem sempre é a mesma coisa, mesmo para quem é o 8º homem mais rico do mundo. Segundo uma conversa que o Blog do iPhone teve recentemente com um executivo da Apple, uma fábrica e até mesmo uma loja física em território brasileiro pode ser um sonho distante. “O Brasil não está ainda no topo da lista de prioridades da empresa“, afirma.
Os custos de produção praticados na China (resultado de condições deploráveis de trabalho) são incompatíveis com o nível brasileiro, o que não faria do Brasil uma boa opção neste sentido. Vários outros países na Ásia seriam mais econômicos de se produzir iPhones e iPods, e no mundo de negócios, o que manda é o lucro, até por uma questão de sobrevivência.
Sem falar que não teríamos exatamente uma “fábrica” e sim uma montadora, que precisaria ainda importar todas as peças fabricadas no oriente. Em termos de transporte, escolher países daquela região faz ainda mais sentido.
Por tudo isso, a notícia sobre Eike pode, mais uma vez, não resultar em nada para os fãs da Apple no Brasil. Só nos resta sonhar e até mesmo torcer para que ele realmente consiga avanços em suas negociações, apesar de que é bom não criar muitas expectativas, pelo menos não a curto e médio prazo.