Apple dá opção para usuários removerem o álbum do U2 de sua conta, caso desejem
Chega a ser engraçada a repercussão que um simples presente pode causar. Em uma das maiores promoções que a iTunes Store já fez, o último álbum da banda U2 foi liberado de graça para todos os usuários da loja da Apple, de maneira exclusiva. Porém, muita gente reclamou de ter se sentido invadido ao ver as músicas em sua conta, sem que houvesse uma opção. A confusão foi tanta que a Apple decidiu aceitar o presente de volta, de quem quiser devolver.
O grande problema foi a maneira bizarra como tudo foi feito. Diferentemente do que se costuma fazer, deixando o álbum de graça para quem quiser baixar, a Apple resolveu inventar e já colocar, automaticamente, o álbum em todas as contas existentes.
Quem é fã do U2 ou simplesmente não se incomoda com a banda, ficou feliz pelo presente (afinal, de graça até ônibus errado). Mas quem curte outro estilo musical ficou revoltado com as músicas aparecerem de repente no seu iPhone ou iPad. Com o recurso de streaming no iCloud, não é necessário baixar efetivamente o arquivo para escutar, pois tudo fica direto na nuvem.
Há quem acusou a Apple de ter “invadido indevidamente as contas dos usuários”, o que não é exatamente uma verdade. Ela simplesmente associou o álbum a todas as contas sem precisar entrar em nenhuma delas. Mesmo assim, a repercussão pelas redes sociais foi geral. Neste final de semana nós até ensinamos uma maneira de esconder o álbum da conta, e pelo número de reações, muitos brasileiros também se incomodaram com a “promoção”.
O bafafá foi tanto, que a Apple disponibilizou hoje uma maneira de retirar definitivamente o álbum da conta, caso o usuário deseje. O SOI Removal desvincula todas as músicas do Songs of Innocence e o usuário passa a não possuí-la mais.
Caso o usuário que fez isso mude de ideia e quiser novamente as músicas, poderá baixá-las de graça até o dia 13 de outubro. Se fizer depois disso, terá que pagar normalmente pelo álbum.
É um assunto delicado.
Mesmo sendo uma das bandas mais bem conceituadas da música pop internacional, a forma como a promoção foi feita foi realmente invasiva. Ainda mais quando o assunto é música, que é algo totalmente pessoal e diferente para cada um. Teria sido muito mais lógico disponibilizar um link para o download gratuito para quem quisesse, isso sim seria um presente lógico. Mas já colocar na conta de todos deixou a impressão que foi uma maneira de forçar estatísticas, para depois dizerem que foi o maior lançamento musical da história.
É duro dizer, mas foi uma bola fora de Tim Cook. Não vou citar nomes, mas tinha um cara aí que, se ele tivesse vivo, isso provavelmente não teria acontecido…
Dica do Marcus e do André Claret