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Erro faz loja online vender iPad 2 a US$69; no Brasil também já houve casos assim

Na sexta-feira passada, a loja americana Sears cometeu um erro em seu site de vendas, que lhe rendeu bastante dor de cabeça. Imagine você encontrar um iPad 2 por esse preço:

Um iPad 2 Wi-Fi 16GB pelo preço de U$69 (cerca de R$108) e outro de 32GB por U$179 (R$280). E o pior, o erro mesmo foi de uma parceira da Sears, que era quem vendia o aparelho através do Marketplace da loja. A página ficou no ar tempo suficiente para muita gente aproveitar a “oferta”, até a administração da Sears retirar o anúncio e pedir desculpas em sua página do Facebook:

Infelizmente, hoje um dos vendedores do nosso Marketplace nos informou que, por engano, postou preços incorretos em dois modelos de iPad em nosso site. Se você comprou um desses produtos recentemente, seu pedido foi cancelado e sua conta será creditada. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente que isso possa ter causado.

O bafafá se instaurou, com diversos clientes que conseguiram realizar o pedido, reclamando de propaganda enganosa e pedindo ressarcimento.

O interessante é que parte da imprensa americana está achando que os pedidos destes clientes são infundados, pois se tratava claramente de um erro. O site Cult of Mac chega inclusive a chamar de oportunistas aqueles que estão tentando tirar vantagem de um claro erro cometido por alguém. A Macworld UK também cita o depoimento de vários clientes que criticam os aproveitadores, lembrando inclusive que a Apple tem uma política severa de preço mínimo, não deixando nenhuma revenda baixar os preços de seus produtos aquém do mínimo permitido.

No Brasil geralmente este tipo de erro é visto de outra maneira. Quando acontece este tipo de engano, poucos questionam se é ético ou não comprar pelo preço baixo, até porque o Código de Defesa do Consumidor é muito severo quanto a isso: o que vale é o preço anunciado.

Mas o CDC é rigoroso justamente porque há abusos de ambas as partes. Se é bem verdade que há consumidores que aproveitam todos os erros possíveis, há vendedores que tentam tirar vantagem como podem. Foi o caso de uma loja brasileira, que tentou resolver a penúria de iPads 2 logo depois do seu lançamento no país.

Vendendo iPads de demonstração

Talvez vocês aqui se lembrem que, logo depois que o novo tablet da Apple foi lançado no Brasil, no dia 27 de maio deste ano, ele rapidamente sumiu das prateleiras. O minúsculo lote enviado para o nosso país fez as lojas ficarem sem estoques já no primeiro dia.

Uma enorme procura para um produto que não existe em estoque é algo que deixa qualquer loja desesperada, pois está perdendo uma grande oportunidade de ganhar dinheiro. Mas no Brasil, este desespero às vezes passa dos limites.

Uma grande rede de lojas do país, na falta de estoques, resolveu fazer algo proibido por contrato: vender os iPads de demonstração da loja. A Apple proíbe terminantemente isso.

Mas como estamos no Brasil, a cereja do bolo ficou para a descrição do produto, onde o “estagiário” colocou exatamente o que estava escrito na caixa:

A descrição engraçada mereceu um destaque em nosso Twitter na época, o que fez que alguns de nossos seguidores experimentassem comprar o produto (até porque não se achava iPad 2 em nenhum lugar).

A loja confirmou a compra e demorou cerca de 5 dias para cancelá-la, o que levou os compradores à loucura. Alguns entraram na justiça para exigir seus direitos (afinal, ficar dias pensando que comprou um produto e depois descobrir que não, não é lá muito agradável) e esta semana um de nossos leitores conseguiu um acordo com eles, levando um iPad 2 3G de 64GB por R$1.200.

Diferentemente do caso americano, a justiça brasileira entendeu que houve má fé da loja em tentar vender um produto que não podia, e ainda demorar para comunicar isso ao cliente.

E você? Acha que os consumidores americanos estão certos em reclamar do cancelamento da oferta? E os brasileiros? Opine. :)

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