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Apple pode escapar das tarifas de importação após mudança de postura de Trump

A política tarifária de Donald Trump voltou ao centro das atenções nesta quarta-feira (9), depois que o ex-presidente dos Estados Unidos sugeriu que empresas fortemente impactadas pelas novas tarifas de importação podem receber isenções — e a Apple aparece como uma das principais candidatas.

A declaração ocorreu durante uma conversa informal com a imprensa. Trump foi questionado sobre a possibilidade de aliviar as tarifas para empresas específicas e respondeu que está considerando exceções baseadas no “instinto”.

A fala marca uma mudança de postura em relação à promessa inicial de não conceder isenções fora das já definidas no chamado “Liberation Day”.

Apple pode ser a mais afetada

A Apple, que depende fortemente da fabricação de seus produtos na China, está diretamente na linha de fogo das tarifas que subiram para até 125%.

Segundo estimativas, um iPhone 16 Pro Max poderia ultrapassar a marca de US$ 2.000 se o imposto for mantido nesse patamar.

Diante da incerteza, consumidores nos EUA correram para comprar modelos atuais antes de possíveis aumentos de preço.

Ao mesmo tempo, a Apple pode estar estocando iPhones para garantir oferta durante os 90 dias de alívio temporário anunciado pelo governo.

Relação estratégica entre Tim Cook e Trump

A possível exceção para a Apple não seria fruto do acaso.

O CEO Tim Cook tem adotado uma abordagem estratégica para manter a empresa em boas relações com políticos influentes.

Durante o primeiro mandato de Trump, Cook participou de jantares com o presidente, compareceu à posse e a eventos oficiais, e anunciou investimentos bilionários nos Estados Unidos.

Recentemente, a Apple comunicou um investimento de US$ 500 bilhões no país, número que Trump mencionou publicamente como se fosse uma nova promessa — embora, na prática, seja uma continuação dos aportes anunciados desde 2018.

O que esperar agora?

A política tarifária de Trump continua instável, com mudanças rápidas de direção.

Embora a isenção para a Apple ainda não tenha sido confirmada, a sinalização já foi suficiente para aliviar a tensão no mercado e ajudar na recuperação das ações da empresa.

Seja por instinto ou estratégia política, a Apple parece estar bem posicionada para enfrentar mais uma rodada de incertezas no comércio internacional.

Resta saber se o gesto de Trump vai se concretizar — e, mais importante, se isso trará impacto direto nos preços do iPhone para os consumidores.

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