Se é uma coisa que me deixa P da vida é ver gente copiando ideias criativas de outros e usando como se fossem suas. Isso desde meus tempos de faculdade de Publicidade.
Mas o pior é a Apple fazer isso, pois justamente ela que sempre se vangloriou por guiar a inovação não só na indústria, mas no seu incrível marketing.
E tudo fica ainda pior quando ela copia uma ideia de um concorrente, vende como se fosse dela e o comercial ainda causa uma péssima impressão por que a ideia, na verdade, é ruim.
Eu vou te mostrar aqui de quem a Apple copiou a ideia (na cara dura) e a repercussão que deu esse comercial.
A ideia ruim
Diversos sites internacionais já comentaram sobre a polêmica que o novo comercial do iPad Pro gerou nas redes sociais.
Se você ainda não o viu, o vídeo de 30 segundos mostra diversos instrumentos musicais e artísticos sendo destruídos sem pena, para se transformarem no iPad ultra fino. Confira:
A ideia na sua superfície, de que o iPad pode substituir várias coisas em um único device, nem é nova, porém da forma como o comercial foi feito acabou ofendendo alguns.
Ele repercutiu mal, porque quando você assiste o vídeo com a visão de que pianos, trompetes, esculturas de arte, violões, câmeras fotográficas profissionais e outros objetos “humanos” estão sendo destruídos na sua frente só para vender um produto, é realmente chocante.
“Ah, isso tudo é mimimi de desocupado.”
Não, não é mimimi quando o que a gente vê vai contra o que a Apple sempre defendeu. Para quem acompanha a marca há anos, é como se ela estivesse vendendo sua alma.
É muito longe da “intersecção da tecnologia e das artes liberais” que Steve Jobs pregava, e acho bem difícil que ele mesmo aprovasse um comercial deste tipo se ainda estivesse no comando.
Mas como eu disse no início do texto, a coisa piora ainda mais quando sabemos que esse comercial é praticamente uma cópia de um outro já feito em 2008.
Apple copycat?
Sim, agora você verá um comercial com o mesmo violão sendo esmagado, as mesmas lentes fotográficas estourando e até tintas para dar uma cor.
É ou não é o mesmo comercial?
Ele foi feito pela LG do Reino Unido em 2008, quando os celulares de todas as marcas estavam desesperados para correr atrás da revolução que o iPhone tinha feito na indústria.
E o engraçado é que o estilo de narração é visivelmente copiado da Apple daquela época. Mesmo assim, o conceito do comercial foi original.
Ou a Apple foi enganada pela agência de publicidade, que em seu processo de criação resolveu apelar para “referências criativas” (já vi tanto publicitário grande no Brasil fazer isso), ou então a maçã realmente está com escassez criativa até mesmo em seus comerciais…
