Apple, Amazon e Google perderam terreno para o ChatGPT na corrida da inteligência artificial devido a limitações tecnológicas e erros de cálculo em seus assistentes virtuais (Siri, Alexa e Google Assistant). Pelo menos é isso que afirma um recente artigo do New York Times.
Quem acompanhou o lançamento do iPhone 4S, em 2011 (justamente na véspera da morte de Steve Jobs), deve lembrar de como a apresentação da assistente virtual Siri impressionou a todos.
Afinal, era possível “conversar” com o iPhone e pedir informações sem nem precisar tocar na tela. Na época, isso era muito diferente do que se via por aí.
O impacto foi tão grande que rapidamente as grandes concorrentes trataram de oferecer suas próprias alternativas, como a Alexa (da Amazon), a Cortana (da Microsoft) e o Google Assistant.
Mas o tempo passou e essas tecnologias parecem não ter evoluído tanto quando a gente esperava, e quem não faz gol, leva: o tão badalado chatGPT chegou e mostrou o quanto as assistentes virtuais estão defasadas.
Mas qual teria sido o motivo desse desenvolvimento tão lento da Siri?
Design desajeitado e funcionalidades sem profundidade
Ainda segundo o texto do jornal norte-americano, as big techs acabaram superestimaram a forma como seus assistentes seriam usados, e acabaram investindo em áreas que raramente geravam retorno.
Um exemplo disso se viu o ano passado, quando a Amazon anunciou a demissão de boa parte de sua equipe de desenvolvimento da Alexa. A assistente é o grande diferencial em dispositivos como o Amazon Echo, porém ela não evoluiu muito nos últimos anos em termos de funcionalidade.
A Siri, da Apple, também não. E segundo o NYT, há um motivo bem importante para isso.
O seu código é “desajeitado” e, para que os engenheiros da Apple consigam incluir novos recursos e funcionalidades, é preciso levar semanas (ou até meses) para implementar.
Vale lembrar que a Apple não criou a Siri desde o começo. Ela era um aplicativo independente disponível para download na App Store e a empresa foi adquirida pela maçã em 2010.
Por outro lado, chatbots como o ChatGPT da OpenAI estão ganhando destaque, pois são capazes de realizar tarefas complexas, como codificar software, elaborar propostas de negócios e escrever ficção.
O ChatGPT também tem apresentado melhorias rápidas em suas habilidades.
No futuro, especialistas em IA preveem que as tecnologias de chatbots e assistentes virtuais convergirão, permitindo que as pessoas controlem chatbots com voz e solicitem ajuda em tarefas mais complexas.
Isso indica que, embora Apple, Amazon e Google tenham perdido terreno para o ChatGPT, elas ainda têm a oportunidade de se adaptar e inovar em suas ofertas de assistentes virtuais.
A pergunta que não quer calar: quanto ainda vai demorar para a Siri “alcançar” o que o chatGPT faz?
