Para quem a Apple está fazendo o iPhone Air?

Um novo iPhone ultrafino pode até impressionar no design, mas será que faz sentido pagar mais por menos bateria e apenas uma câmera?

iPhino Air

Os rumores são enfáticos em dizer que a Apple pretende lançar um “iPhone Air”, que seria o mais fino até hoje, com muitas especificações parecidas as dos modelos normais. 

Mas, por ser uma nova proposta, fica a dúvida na cabeça de muitos: Quem vai comprar? Para quem será esse modelo?

Afinal, se ele será mais caro que um 17 padrão, mas com limitações importantes como câmera fotográfica única e uma bateria bem menor, qual será o verdadeiro atrativo dele?

A insustentável leveza do Air

Quando a Apple coloca no palco um produto com o selo “Air”, a expectativa já vem carregada de história. 

Em uma das suas apresentações mais marcantes da história, Steve Jobs tirou em 2008 o primeiro MacBook Air de dentro de um envelope pardo, deixando o mundo inteiro de boca aberta. 

Eu mesmo fiquei maluco naquele dia, já querendo comprar um. Porém, ao analisar melhor as especificações, vi que seria um péssimo negócio. 

Com um fraco poder de processamento, bateria limitada e um preço que não fazia nenhum sentido, o Air logo me desanimou, pois claramente não era para mim. 

E olha que a vontade de ter um notebook ultra fino era enorme, mas o custo/benefício não valia

O que nos faz voltar para a pergunta inicial deste texto: para quem o iPhone Air valerá o custo benefício?

Um iPhone diferente

O Air deve trazer um corpo mais fino, uma tela generosa de 6,6 polegadas e o charme de ser “o mais fino da história”. 

Mas ele trará apenas uma câmera traseira e uma bateria reduzida, quando o que todo mundo mais quer é um iPhone que dure mais tempo fora da tomada. 

E isso me lembra muito o MacBook Air de 2008, cuja única característica atrativa parece ser a sua espessura

Um modelo para o futuro

Na opinião de Mark Gurman, em sua newsletter dominical, a ideia da Apple não é ter um campeão de vendas mas sim o início para uma grande transformação futura. 

E aí me fez lembrar de uma frase que Phil Schirer disse em 2008: “O Air é o futuro dos MacBooks”.

E de fato, a história mostrou isso. Dois anos depois, o MacBook Air veio mais poderoso, por um preço excelente, transformando-o no Mac mais vendido por anos. 

Além disso, os outros modelos de MacBook vieram mais finos e hoje o padrão de laptops grossos e pesados está definitivamente enterrado. 

E pode ser que a intenção da Apple agora seja a mesma: talvez o iPhone Air não seja feito para vender em massa agora, mas para mostrar a direção do design dos iPhones no futuro.

É bem comum a Apple lançar novos produtos que o primeiro modelo é só um ensaio, que não vai liderar vendas, mas que planta uma ideia que mais tarde se tornará padrão.

Talvez o Air não seja para você 

No curto prazo, o iPhone Air dificilmente será o modelo preferido da maioria. 

Quem busca um celular equilibrado tende a escolher o iPhone 17 comum, mais barato e completo, ou o 17 Pro, que entrega o melhor da tecnologia da Apple. 

O Air vai atrair, no máximo, quem coloca estilo acima de funcionalidade ou quem simplesmente gosta de experimentar novidades antes de todo mundo.

Mas no longo prazo, pode ser que este modelo seja lembrado como a primeira amostra de um futuro inevitável: iPhones cada vez mais finos, leves e sofisticados, mas sem abrir mão de desempenho, bateria e câmeras de ponta.


Claro que falar de um produto que nem foi apresentado ainda é complicado, e pode ser que, no evento desta terça, a Apple responda de outra maneira às perguntas deste texto.

Mas fica nosso questionamento prévio, tentando entender por que a maçã está seguindo esse caminho.

SOBRE:
Compartilhar este Artigo
Nenhum comentário