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E se o próximo iPhone recarregasse a bateria sem precisar de fios?

Bateria é algo que temos sempre em mente quando falamos de smartphones e isso desde o primeiro iPhone. É ela que nos faz sempre trazer conosco um cabo USB extra, ou procurar tomadas quando estamos fora de casa. Seria tão bom se não precisássemos nos preocupar com isso e o iPhone pudesse se recarregar sem precisar de fios, não é mesmo?

Mas isso pode estar mais próximo do que imaginamos. Vamos falar aqui sobre algumas conversas de bastidores que estão acontecendo por aí sobre esta tecnologia e a Apple.

Carregamento por indução não é novidade. Já existe há algum tempo e há vários modelos de smartphones atualmente que absorvem a energia elétrica quando colocados sobre uma base, recarregando assim a bateria. A solução é legal, mas não resolve totalmente o problema, visto que estas bases não são muito populares e você precisa de qualquer forma levá-las com você para onde for (e quem tem um Apple Watch sabe muito bem disso). Talvez por isso a Apple nunca tenha apresentado nenhum iPhone com esta tecnologia, por ela ainda não ser muito prática em muitos sentidos.

Isso não significa que ela não esteja pesquisando (há anos) sobre como implementar uma forma mais prática de mantermos nossos iPhones sempre com energia. Nós já comentamos aqui no blog ainda em 2011 (link) sobre uma empresa que estava estudando formas de recarregar celulares sem contato nenhum, permitindo que a bateria fosse alimentada mesmo quando estivéssemos com o aparelho na mão, usando-o. Se imaginarmos uma tecnologia dessas implementada em aeroportos, estações de metrô, pontos de ônibus, restaurantes e estradas, teremos um ambiente em que nossos gadgets seriam constantemente conectados à energia, sem precisarmos nos preocupar com a duração da bateria. Um sonho, não?

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Essa transmissão de energia seria feita através de campos magnéticos. Se você acha que isso parece coisa de ficção científica e que é futurista demais para o nosso tempo, saiba que seus princípios vem de um gênio (na época incompreendido) chamado Nikola Tesla, que no final do século 19 já conseguia acender lâmpadas elétricas na sua mão, sem contato nenhum com fios.

Nikola Tesla

Apesar das aparências superficiais, a Apple não parece estar dormindo no ponto em relação a isso. Em 2011 já iniciou conversas com uma empresa chamada WiTricity, que estudava este tipo de recarregamento. Inclusive na época registrou uma patente em que citava os engenheiros desta empresa. Agora, uma outra companhia chamada Energous está sendo relatada como tendo fortes relações com a maçã.

Segundo o site The Verge, a Energous anunciou nesta CES 2017 que sua tecnologia de transmissão de energia sem fio será lançada no mercado “até o final deste ano“. É bem verdade que há dois anos atrás, na CES 2015, ela já tinha declarado algo parecido, mas eles dizem que logo depois da feira, uma conhecida empresa de tecnologia entrou em contato com eles, firmando um importante acordo de colaboração, e por isso o lançamento foi adiado.

É claro que eles se recusam a dizer quem é este parceiro, apenas adiantam que “é um dos maiores fabricantes de eletrônicos do mundo” e que “há muita gente que usa seus dispositivos hoje no mundo“. Se considerarmos que a maioria das empresas hoje adora alardear novidades bem antes delas serem colocadas no mercado (ou alguém aí já viu o tão aclamado telefone com tela dobrável que a Samsung anunciou anos atrás?) e a Apple, pelo contrário, faz questão de guardar o máximo de segredos até o final, é sim lógico imaginar que seja justamente a maçã a tal parceira que pode lançar até o final de 2017 um novo iPhone com esta tecnologia.

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No início de 2015 a Apple já pretendia lançar o iPhone 6s, mas logicamente também estava pensando em como seria o próximo grande iPhone. As demonstrações da Energous (que provavelmente estava bem mais avançada que a WiTricity) devem ter chamado a atenção da empresa de Tim Cook, que tratou de garantir logo a exclusividade.

Do que estamos falando, exatamente?
Trata-se de um aparelho, que pode ficar fixado na parede ou incorporado a algum eletrodoméstico, como um televisor, caixas de som ou luminária. Este dispositivo transmite energia via campo magnético, que é absorvido pelos dispositivos compatíveis. A distância que se pode ficar deste dispositivo varia conforme o tamanho dele, mas em média 4 metros e meio. Os futuros Macs, por exemplo, poderiam vir com este dispositivo incorporado e seu iPhone seria carregado sem precisar tirá-lo do bolso, enquanto você trabalha.

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Se tudo isso for verdade, sem dúvida será um verdadeiro game changer. A Apple tem força o suficiente para popularizar a tecnologia (como já fez com inúmeras outras), o que pode fazer com que nossa casa, em 5 anos, tenha muitos dispositivos com esta função. Mas claro que nada disso está confirmado, é apenas especulação.

O mal das especulações é que, se não acontecem, todos reclamam que a Apple não inova mais. E se acontecem, ninguém fica surpreso porque já sabia antes, achando a novidade “fraca”. Está cada vez mais difícil nos impressionarmos nos dias de hoje.

Com informações de The Verge e TechCrunch

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