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Por que a Apple adquiriu uma empresa de reconhecimento facial?

Continuam intensos os diversos rumores sobre um possível iPhone 8 que seria lançado este ano, em comemoração ao 10º aniversário do iPhone. Segundo diversas fontes ainda não confirmadas, poderiam vir diversas novidades, como reconhecimento facial para confirmar identidade e desbloquear o aparelho. E para reforçar ainda mais este tipo de boato, ficou-se sabendo que a Apple recentemente adquiriu uma firma israelense especializada justamente neste tipo de tecnologia.

Mas será que isso significa que o próximo iPhone trará mesmo o desbloqueio através do rosto?

A RealFace foi fundada em 2014 e desde sempre se especializou em reconhecimento facial. Veja uma demonstração da tecnologia, autenticando apenas o rosto do proprietário do iPhone:

YouTube video

Este é um dos exemplos no qual esta tecnologia pode ser usada, mas não é o único. Ainda é muito cedo para afirmar que a Apple usaria isso como forma de identificação de identidade, como acontece hoje com o Touch ID.

Até porque, sabemos que este tipo de autentificação ainda possui algumas brechas, como cuidar para uma simples foto ou vídeo de alta resolução não permitir desbloquear o aparelho mesmo sem a presença real da pessoa.

O objetivo inicial da RealFace, na verdade, não era esse. Eles tinha um aplicativo para iPhone chamado Pickeez, que tinha como missão escolher para você as suas melhores fotos, entre tantas. Por exemplo, em uma viagem você tira várias fotos, muitas delas repetidas, para mais tarde fazer uma seleção das melhores. Todos nós fazemos isso, mas sejamos sinceros, a maioria nunca faz a prometida seleção, deixando a fototeca crescer e crescer a um ponto que fica impossível escolher qual a melhor para postar nas Redes Sociais. O Pickeez se propunha a exatamente isso: através de reconhecimento facial e Inteligência Artificial (AI), ele mesmo selecionava para você suas melhores fotos, facilitando enormemente o trabalho.

Veja o vídeo de como funcionava (em inglês):

YouTube video

Ou seja, a Apple pode apenas estar querendo melhorar a seleção de fotos no aplicativo nativo e não usar a tecnologia para substituir o Touch ID.

Aliás, não é a primeira empresa de AI que a Apple adquiriu. No início do ano passado, ela comprou a Emotient, uma empresa especializada em AI que identifica sentimentos e emoções de pessoas através do rosto em uma foto. Ou seja, se juntarmos as duas tecnologias (Emotient e RealFace), teríamos um aplicativo Fotos capaz de nos ajudar bastante na busca de imagens em nossa imensa fototeca.

Já no iOS 5 a Apple incorporou a detecção de rostos, que ajuda o aplicativo Câmera a focar melhor nos rostos no momento de tirar a foto. Este tipo de tecnologia pode ser voltado a melhorar ainda mais a experiência do usuário, sem precisar de aplicativos externos para isso.

É claro que a Apple pode usar a tecnologia para o que ela quiser, até mesmo autenticação facial no iPhone. Mas é bom ficarmos atentos que apenas a notícia de aquisição de uma empresa não é uma prova de que o próximo iPhone virá com reconhecimento facial que substitua o Touch ID (como vários blogs pelo mundo inteiro estão repetindo). Não criemos falsas expectativas, para não nos decepcionarmos depois.

via MacRumors

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