Padrão WPA3 permitirá que nos conectemos de forma mais segura em redes Wi-Fi abertas
Talvez você não saiba, mas quando você se conecta em uma rede Wi-Fi aberta (ou seja, sem senha) em um shopping, restaurante ou até a do vizinho, está permitindo que todos os seus dados sejam expostos a ataques do tipo man-in-the-middle, em que uma pessoa intencionalmente desvia o tráfego de tudo o que você se conecta para tentar descobrir suas senhas, contas de bancos e outros dados sensíveis. Nem mesmo conexões https ou teoricamente com criptografia estão 100% seguras com as atuais técnicas de hacking que estão disponíveis por aí.
Para proteger ainda mais os usuários dos tempos modernos, a Wi-Fi Alliance (organização que regulamenta os standards de redes sem fio) começou a projetar um novo padrão de segurança WPA3 com diversas novidades que devem melhorar bastante a vida do usuário.
Uma das motivações para a criação do novo padrão foi a descoberta no ano passado do conjunto de falhas KRACK, que tornam bastante vulneráveis as redes “protegidas” com o WPA2. A Apple já consertou o problema em seus dispositivos, mas isto expôs bastante a credibilidade do velho padrão. O WPA2 foi lançado em 2004, época que smartphones com internet e redes Wi-Fi em locais públicos eram algo bem limitado, comparado com os dias atuais (“coisa de criança”, como diria Steve Jobs alguns anos mais tarde).
Basicamente são três implementações que reforçaram bastante a segurança no WPA3:
- Criptografia individualizada: diferente do que acontece hoje, no novo padrão cada dispositivo terá uma conexão com criptografia entre ele e o roteador, impedindo que dados sejam vazados caso esteja alguém desviando a conexão;
- Proteção contra ataques de força bruta: o processo de autenticação na rede é automaticamente bloqueado depois de várias tentativas de login errados;
- Segurança de 192 bits: para redes institucionais que precisarem de uma proteção ainda maior.
Não há nenhuma data específica de implementação, mas acredita-se que dispositivos lançados no segundo semestre de 2018 já sejam compatíveis com o novo padrão. E isso incluiria, por dedução, os novos iPhones deste ano.