O iPhone Air não é apenas o modelo mais fino já lançado pela empresa. Ele também estreia um recurso de fotografia nunca antes visto em um iPhone com apenas uma câmera traseira: o modo retrato de última geração (next-generation portrait).
O que seria isso? Bem, é o velho modo Retrato do iPhone (que borra o fundo para dar destaque ao objeto principal da foto), mas adaptado a uma só câmera.
Sim, o iPhone XR já borrava o fundo com uma câmera só, mas a seguir você vai entender melhor quais eram suas limitações.
O histórico do modo retrato em iPhones
O modo retrato chegou aos iPhones em 2016 com o iPhone 7 Plus, aproveitando o conjunto de duas câmeras para criar o famoso desfoque de fundo (efeito bokeh).
Mais tarde, em 2018, a Apple levou essa função para modelos de câmera única, como o iPhone XR, mas com limitações: só funcionava ao detectar rostos humanos ou animais de estimação.
Essa restrição sempre fez com que usuários de modelos de uma só lente sentissem que estavam recebendo uma versão reduzida da experiência.
O que muda com o iPhone Air
No iPhone Air, a Apple evoluiu esse conceito e trouxe um modo retrato totalmente funcional em um aparelho com câmera única. Agora, é possível:
- Fotografar qualquer objeto em modo retrato – não apenas pessoas e pets, mas também flores, comidas, itens decorativos e muito mais.
- Ajustar a profundidade (depth control) depois de tirar a foto, controlando o nível de desfoque no fundo.
- Alterar o foco após o clique, escolhendo se a nitidez ficará em primeiro ou segundo plano.
- Aplicar retrato mesmo depois – o iPhone Air captura dados de profundidade em fotos normais, permitindo que o efeito seja ativado posteriormente no app Fotos.
- Qualidade aprimorada – os retratos agora contam com melhor alcance dinâmico (HDR), cores mais vivas, maior nitidez e desempenho superior em ambientes de pouca luz.
Essas melhorias fazem com que, pela primeira vez, um modelo com apenas uma câmera traseira ofereça quase a mesma experiência fotográfica de aparelhos com múltiplas lentes.
A Apple sempre foi reconhecida pela força da sua fotografia computacional, mas havia um estigma em torno dos modelos de entrada e intermediários, que ficavam limitados nas funções de câmera.
O iPhone Air quebra essa barreira, mostrando que o software e os avanços de processamento de imagem podem compensar a ausência de um conjunto de múltiplas lentes.
Na prática, o usuário do Air não ficará mais restrito ao básico quando quiser explorar retratos criativos, o que torna o aparelho mais atraente para quem deseja qualidade sem pagar pelos modelos Pro.
