Salários de grandes executivos são altos e nisso não há novidade nenhuma. E uma das maiores empresas da atualidade obviamente paga muito bem seu CEO, que é quem decide os rumos a serem tomados. Por isso, é bem lógico que o líder da Apple ganhe por ano uma quantia elevada, na casa dos milhões. E juntando salário fixo com bônus, é o que Tim Cook ganhou este ano: US$4,25 milhões.
Ele merece, trabalhou para isso. Mas o que me chamou a atenção na notícia é a diferença de posicionamento entre Cook e seu antecessor, Steve Jobs, que fazia questão de ganhar US$1 de salário por ano.
Claro que Jobs não trabalhava de graça. Só o que ele ganhava em dividendos das ações que cresceram muito em sua gestão já serviram para garantir a aposentadoria dos seus netos. Mas não é isso que está em discussão, e sim a interessante posição que o fundador da Apple tomava. Ele sentia que a empresa era realmente dele, fazendo tudo para ela dar certo. A Apple para Jobs era a sua vida, mesmo ela tendo sido tirada dele aos 30 anos e depois “devolvida”. E isso era simbolizado pelo salário anual de US$1.
Tim Cook é diferente, até porque sua história é completamente outra. Mas é interessante notar que a imagem que se passa é que Cook parece se sentir como um “funcionário”, que é pago para fazer bem seu trabalho, enquanto Jobs encarnava a empresa como se fosse parte dela. E era.
Mais uma vez repito: não é crime receber salário pelo seu trabalho e eu mesmo não hesitaria em receber a mesma quantia se fosse CEO da Apple (quem não?). Mas é interessante analisar os dois tipos de comportamentos e tentar imaginar o que isso pode significar nas decisões que a empresa pode tomar no futuro.
Mas claro que isso tudo não passa de filosofias de uma tarde de sábado. ;)
via AppleInsider
