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ANAC finalmente autoriza uso de iPhones e celulares em aviões brasileiros

“Lembramos aos senhores passageiros para respeitarem as regras locais do uso do aparelho celular. Os mesmos poderão ser usados somente quando a aeronave estiver em solo, com as portas abertas, devendo permanecer desligados durante todo o percurso do voo”.

Esta frase, bem familiar para quem viaja de avião (e de certa forma responsável pelo baixo número de artigos ultimamente neste Blog), logo deve se tornar coisa do passado. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) acaba de autorizar o uso de aparelhos celulares e conexões Wi-Fi (em iPods, iPad e laptops) em voos nacionais. Com isso, usuários de iPhone, que hoje são impedidos de usá-lo mesmo com ele em modo avião, poderão usufruir de todas as suas funcionalidades (aplicativos, músicas, filmes) e até mesmo realizar ligações para telefones em terra.

Segundo a nova regra, os passageiros poderão realizar chamadas e se conectar à internet sem fio (quando disponível no avião) a partir de uma altura de 3 mil metros do solo. Nos momentos críticos, como decolagem e pouso, o pedido para desligar todos os aparelhos eletrônicos continuará e o sistema de conexão será automaticamente desligado.

Mas para realizar chamadas de dentro do avião, é preciso que ele esteja equipado com tecnologia especial. A TAM (que foi quem primeiro solicitou o uso de celulares, há um ano) já está preparada para a mudança e pretende testar o serviço em três aeronaves que realizam voos domésticos no Brasil. Destas, um Airbus A321, com 220 lugares, já conta com os equipamentos, enquanto outras duas (um Airbus A320 – de 174 passageiros, e um Airbus A319 – com 144 assentos) devem ser adaptadas em breve. A fase de testes deve durar até 2011.

O serviço de conexão Wi-Fi, GSM e 3G no ar será prestado pela empresa OnAir, especializada neste tipo de conectividade. A tecnologia permite no máximo 12 passageiros realizando ligações ao mesmo tempo, enquanto que para mensagens SMS e dados não há limite. Os aparelhos usarão serviço de roaming internacional, o que deve elevar bastante o custo da chamada (o preço é definido por cada operadora). Já para a rede Wi-Fi, será considerado como um serviço de bordo que poderá ser adquirido ($$$) separadamente, com planos de 30 min, 1h e 4h.

A tripulação poderá controlar o sistema diretamente na aeronave, sendo capaz de desligar alguns serviços quando achar necessário. Por exemplo, recebimento de ligações e de SMS em momentos de repouso em voos internacionais, para que ninguém seja acordado pelo telefone do vizinho.

Os testes inicialmente serão feitos em diversas rotas dentro do Brasil, para avaliar o interesse e demanda do público. Conhecendo o brasileiro, é de se esperar que a nova funcionalidade tenha uma grande receptividade, principalmente no tocante ao acesso à internet durante a viagem. Resta saber o preço que será cobrado por isso; algumas companhias americanas cobram 10 dólares para um voo entre 1h30 e 3h. Há também planos de 24h (13$) e mensais (50$).

A implementação efetiva do serviço ainda depende do aval da ANATEL, que precisa liberar uma certificação operacional.

via: Olhar Digital

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