Em uma mudança importante de sua política de reparos, a Apple anunciou nesta quinta-feira (11) que permitirá aos usuários do iPhone reparar seus dispositivos utilizando peças genuínas usadas.
A atualização, prevista para ser implementada no segundo semestre de 2024, marca um passo importante para a empresa no sentido de facilitar o acesso a reparos mais acessíveis e sustentáveis para seus usuários.
A nova política será aplicada a modelos selecionados de iPhone, começando pelo iPhone 15, e abrangerá inicialmente a substituição de telas, baterias e câmeras.
A Apple destacou que, no futuro, também será possível utilizar sensores biométricos usados, como os de Face ID ou Touch ID, mantendo a plena funcionalidade do dispositivo.
Historicamente, a Apple exigia um processo chamado de “emparelhamento de peças”, pelo qual os usuários precisavam combinar o número de série do seu dispositivo com o de uma peça nova vendida pela Apple.
A instalação de uma peça não oficial ou usada resultava em notificações persistentes indicando que a Apple não podia verificar a peça instalada. Além disso, componentes como sensores de Face ID e Touch ID poderiam deixar de funcionar se não fossem novos e oficiais.
Com a atualização, a empresa pretende eliminar essas notificações para peças usadas, afirmando que a “calibração para peças genuínas da Apple, novas ou usadas, ocorrerá no dispositivo após a instalação da peça“.
Isso também significa que usuários e oficinas de reparo não precisarão mais fornecer o número de série do dispositivo ao encomendar a maioria das peças na sua Self Service Repair Store.
Sistema identificará peças de iPhones roubados
Paralelamente, a Apple intensificará o monitoramento de componentes usados de iPhones através da extensão de sua função Bloqueio de Ativação, destinada a impedir o uso de dispositivos perdidos ou roubados, às peças dos aparelhos.
Se um dispositivo em reparo detectar que uma peça suportada provém de outro dispositivo com o Bloco de Ativação ou Modo Perdido ativado, a capacidade de calibração dessa peça será restrita.
Após o reparo com uma peça usada, o dispositivo armazenará essa informação na seção Histórico de Peças e Serviços do aplicativo de Ajustes no iOS.
A Apple não especificou quais modelos de iPhone serão compatíveis nesta fase inicial, mas informou ao site TechCrunch que começará com o iPhone 15.
John Ternus, vice-presidente sênior de engenharia de hardware da Apple, expressou entusiasmo com a expansão do programa de reparos: “Com esta última expansão do nosso programa de reparo, estamos animados em oferecer ainda mais opções e conveniência para nossos clientes, ao mesmo tempo em que ajudamos a prolongar a vida de nossos produtos e suas partes.”
Embora a Apple ainda não tenha estendido sua aprovação para peças de iPhone não oficiais, a mudança é considerada um avanço significativo para as oficinas de reparo e os usuários que adotam o estilo faça-você-mesmo, que enfrentavam custos elevados ao adquirir peças novas de iPhone.
Tudo que possa ser feito para desestimular a receptação dessas peças é válido!
Penso que vai ser cão e gato, mas torço para a Apple ter sucesso.
mas isso só estimula mais ainda… peça usada, de celular roubado… se só tivesse nova, a pessoa sabe que não é roubada, se é usada, a chance de ser roubada é maior…
a proteção que a apple fala, não serve para nada… é só trocar o CI do aparelho atual pela peça roubada… infelizmente acontece muito isso…
Sim, pensei nisso também. Mas se eles conseguirem impedir o reuso e ainda servir de dedo duro (reportando onde a peça está) pode ser algo útil. Mas certamente a turma do outro lado vai se movimentar para burlar isso.
Lembrei um pouco das seguradoras que condicionavam a apólice à marcação das peças e lataria. Os
bandidossuspeitos evitavam levar os carros que tinham esse DNA.