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Apple começa a fechar sites que vendem desonestamente licenças de desenvolvedor

Até que demorou muito. Afinal, estava virando um belo negócio vender slots de desenvolvedor para quem não o é, transformando uma licença de US$99 em um lucrativo negócio de US$20.000.

Atualmente o sistema iOS 6 está em fase beta, sendo finalizado aos poucos. O acesso a ele é exclusivo para desenvolvedores, para que eles conheçam todas as novidades e possam adaptá-las aos seus aplicativos, preparando-os para a data de lançamento público. Quem não é desenvolvedor cadastrado, não pode registrar seu aparelho no servidor da Apple e, consequentemente, não consegue ativar o beta do sistema.

Mas pessoas com menos ética estão fazendo pequenas fortunas com isso. Eles compram a licença por US$99 com a Apple e depois vendem o registro de aparelhos pela internet, por preços que podem chegar até a 16 dólares. Considerando que cada dev pode registrar até 100 aparelhos em sua conta (os chamados slots), o lucro é maior do que investir em ações da Maçã.

Registrando o Unique Device Identifier (UDID) do seu aparelho, quem compra consegue instalar sem problemas o beta. O problema é que, para isso, precisa baixá-lo ilegalmente pela internet, em sites nem sempre confiáveis. E o pior é que não há nenhuma garantia ou assistência por parte do vendedor: se o prazo da licença dele expira ou a Apple fecha a conta, todos os aparelhos ligados a ela também são completamente bloqueados, impossibilitando de instalar o beta, mesmo já tendo pago.

Há também quem não venda o slot, mas utiliza deste artifício para benefício próprio, como sorteio em sites e em contas de Twitter, para gerar mais seguidores. Neste caso também o download do firmware sem ser pelos servidores da Apple é ilegal. Quem sorteia esses slots pelo Twitter, está sendo desonesto e incentivando a pirataria.

Segundo o site MacStories, a Apple começou a fechar sites e cancelar contas de pseudo-desenvolvedores, depois que a revista Wired fez um artigo sobre os detalhes deste comércio ilegal. Gente que já tinha ganho mais de US$75.000 só em junho, revendendo licenças desonestamente.

Quem comprou este tipo de “serviço” para testar as novidades do iOS 6 beta, pode ficar a qualquer momento com o aparelho bloqueado. Além disso, testar versões beta nem sempre é agradável: muitas funções aparecem pela metade, incompletas, e bugs podem sempre acontecer. Nosso iPhone de testes, por exemplo, está com um grave problema de Wi-Fi instável, impossibilitando vários testes. O beta 2 ainda não resolveu o problema e espera-se que até a versão final, isso seja solucionado. Além disso, o aparelho perde a garantia por conter um sistema ainda não suportado pela Apple. Por isso, ele não é recomendado ao grande público, não antes do lançamento da versão final, provavelmente em outubro.

O melhor é esperar pela versão final, que estará com a qualidade que todos esperamos de um produto Apple. Quem está curioso para saber as novidades, pode aliviar a ansiedade conferindo nossa seção de aperitivos do iOS 6. :)

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