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Apple dá pistas de como será a Siri com Inteligência Artificial

Um novo sistema de inteligência artificial (IA) desenvolvido por pesquisadores da Apple promete mudar a maneira como interagimos com a assistentes de voz do iPhone.

Nomeado ReALM (Reference Resolution As Language Modeling), o sistema é capaz de compreender referências ambíguas e contextos apresentados na tela, possibilitando uma experiência de uso mais natural e intuitiva.

O ReALM utiliza modelos de linguagem avançados para transformar a resolução de referências — um desafio complexo que inclui a compreensão de elementos visuais na tela — em um problema de modelagem de linguagem. Essa abordagem permitiu superar métodos existentes, facilitando interações mais fluidas com assistentes virtuais.

A principal inovação do ReALM reside na sua capacidade de reconstruir a disposição visual da tela em uma representação textual.

Isso envolve a análise dos elementos visuais e suas localizações, gerando um layout que os modelos de linguagem podem compreender. Testes demonstraram que essa técnica supera o desempenho de outros sistemas, como o GPT-4, em tarefas de resolução de referências.

Os pesquisadores da Apple destacam que, apesar dos avanços, o sistema apresenta limitações, especialmente na manipulação de referências visuais complexas.

Esses desafios podem exigir a integração de técnicas de visão computacional e abordagens multimodais no futuro.

A Apple claramente quer (e precisa) aprimorar as capacidades conversacionais e de percepção de contexto de seus produtos, como a assistente Siri.

A publicação desta pesquisa (PDF) quer evidenciar a todos (principalmente os acionistas) um investimento significativo da empresa na área de IA, em um momento em que enfrenta uma concorrência acirrada de gigantes tecnológicos como Google, Microsoft, Amazon e OpenAI.

Segundo conversas de bastidor, a empresa planeja revelar novidades em IA, incluindo um possível chatbot “Apple GPT” e outras funcionalidades alimentadas por IA, em sua Worldwide Developers Conference (WWDC) em junho.

Apesar de entrar tardiamente no mercado de IA em rápida evolução, a vantagem da Apple é que ela conta com recursos financeiros consideráveis, lealdade da marca, engenharia de elite e um portfólio de produtos integrados para reforçar sua posição competitiva.

Vamos esperar junho para descobrir se essa “revolução” é para agora ou ainda demorará mais um tempo.

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