App Store

App Store vai sumir com aplicativos que não são atualizados há anos

A Apple está se preparando para remover aplicativos da App Store que não são atualizados há vários anos.

Vários desenvolvedores receberam um aviso nesse sentido nos últimos dias. Porém, para alguns deles, esta decisão é polêmica e arbitrária.

O e-mail que a empresa está enviando para certos desenvolvedores é o seguinte:

”Este aplicativo não é atualizado há muito tempo e será removido da loja em 30 dias. Nenhuma ação é necessária para manter este aplicativo disponível para os usuários que já o baixaram.

Você pode manter este aplicativo disponível para novos usuários descobrirem e baixarem na App Store, atualizando-o para revisão em 30 dias. Se nenhuma atualização for enviada em menos de 30 dias, o aplicativo será removido.”

A Apple justifica esta retirada forçada de aplicativos “antigos” pelo desejo de oferecer aos seus clientes uma App Store onde os apps ”são funcionais e atualizados”. É justamente o que ajuda os usuários a terem a sensação de que tudo simplesmente funciona.

Por outro lado, parte dos desenvolvedores argumenta que esse movimento prejudica os desenvolvedores de jogos independentes.

Alguns argumentam que há jogos, por exemplos, que já estão finalizados e não necessitam de modificações constantes. Além disso, projetos que são disponibilizados de graça nem sempre sustentam uma estrutura para acompanhar as constantes atualizações das mudanças no sistema.

O que também irrita os desenvolvedores preocupados é que a varredura é realizada de forma obscura: aplicativos que foram abandonados por mais tempo que o deles, como o Pocket God, que não é atualizado desde 2015, nunca foram retirados.

Essa varredura não é nova: desde 2016, ano em que a Apple fez uma primeira grande limpeza na App Store, um dispositivo prevê que aplicativos “que não funcionem mais como esperado, que não atendam aos critérios atuais de avaliação ou que estejam obsoletos” ser excluído. Não está claro se esta medida é aplicada de forma contínua ou se é implementada em ondas, embora o fluxo de depoimentos simultâneos sugira que seja a segunda opção.

Olhando pelo lado do consumidor, é bastante desagradável abrir um aplicativo e notar que ele ainda apresenta barras pretas nas laterais da tela, pelo fato de não ter sido adaptado para os novos formatos dos iPhones mais recentes. E a coisa piora quando você acabou de comprar o app, e fica com a impressão que pagou por algo desatualizado e, de certa forma, abandonado.

A impressão que dá é que a Apple não quer que os desenvolvedores lancem seus aplicativos e depois os esqueçam. Construir o aplicativo, desenvolvê-lo e liberá-lo é apenas parte do trabalho: depois vem a manutenção. E com os dispositivos Apple mudando constantemente e as bibliotecas de programação sendo atualizadas ou se tornando obsoletas, é um trabalho que acaba sendo necessário.

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