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Fail? O sucesso do iPad promete ser bem maior do que muitos imaginavam

A expressão “fail” (‘fracasso’, em tradução livre) foi muito usada logo após a mais recente apresentação de Steve Jobs, em que ele mostrou ao mundo como era o tão esperado tablet.

Os rumores anteriores e a enorme expectativa fizeram com que muitos se frustrassem por não ver um dispositivo digno do filme Minority Report, se limitando a ser somente um iPhone gigante.

Mas o suposto sucesso da pré-venda do iPad está mostrando que muitos subestimaram o novo produto, que tem condições ainda de fazer a revolução prometida.

As estimativas de vendas no primeiro dia são excelentes: 120.000 unidades, o que equivalem a cerca de 75 milhões de dólares em apenas um dia. Mas como um produto que ninguém ainda chegou a tocar pode fazer um tamanho sucesso?

A resposta talvez seja o fato dele ser realmente um iPhone maior. Ou seja, adiciona a um aparelho já desejado uma tela mais ampla, eliminando uma das limitações do telefone.

Em nosso artigo sobre a estimativa de preços no Brasil, muitos leitores afirmaram (e com razão) que com valores assim o ideal seria preferir comprar ou um iPhone ou um MacBook. Mas se o iPad custasse 499 reais, você compraria?

Deixemos um pouco o câmbio de lado. De uma maneira geral, pode-se dizer que a sensação de valor de 1 dolar para os americanos é a mesma que temos para 1 real no Brasil.

Ou seja, imaginar que o iPad custaria 499 reais nos dá uma base de como eles vêem o preço do tablet. E aí eu repito a pergunta: se o iPad custasse 499 reais, você compraria?

Provavelmente muitos de vocês responderam: “Até de olhos fechados“. E é exatamente isso que está acontecendo, que incentiva a se comprar um produto que nunca se viu ou se tocou, mas que é muito parecido com algo que já se conhece, o iPhone.

Outro fator importante a ser considerado para o sucesso das pré-vendas: a falta de iPad no mercado internacional. Assim como aconteceu com o primeiro iPhone, muitos estrangeiros estão comprando várias unidades para revender em seu país de origem, por um preço maior.

É um ótimo negócio, ainda mais que a vontade geral de ter um nas mãos o mais rápido possível permite que se cobre o valor que quiser. Até mesmo no Brasil já há quem pagará a viagem aos EUA apenas com parte dos lucros das vendas dos vários iPads que trará. Em alguns fóruns, já pipocam vendedores que prometem entregar o novo produto no Brasil antes mesmo da metade de abril.

Tendemos a criar nossos conceitos baseados somente no ambiente que nos cerca. Mas ampliar nossa visão para o resto do mundo pode nos permitir entender o fenômeno iPad que, para alguns brasileiros, ainda é absurdo.

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