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Apple apresenta os resultados do seu 3º trimestre fiscal

Talvez você tenha lido por aí que o faturamento da Apple “caiu” e que a empresa está “encolhendo”, o que dá uma impressão inicial, quando lido superficialmente, que a empresa está mal. Principalmente no Brasil a mídia não especializada adora chamar a atenção depreciando a Apple, o que já se mostrou uma técnica bem eficaz em termos de público (um vídeo falando mal do iPhone terá sempre 10x mais visualizações que outro mostrando as novidades do iOS 10, por exemplo). Mas o fato é que a Apple ainda é uma das companhias que mais lucram no mundo, e muitas, muitas empresas conhecidas no ramo de tecnologia (mesmo as gigantes) invejam todos os trimestres os resultados da maçã.

É claro que ela está crescendo em menor velocidade (e isso acende algumas luzes amarelas até mesmo em Cupertino), mas está longe de dizer que a “empresa encolheu” ou que está menor do que estava no início do ano.

Ressalva feita, vamos aos números. Seguindo uma tendência do ano, o faturamento foi menor do que o mesmo período que o ano passado, que tinha sido o Q3 mais alto da história da empresa. Não é fácil bater recordes todos os anos, mas a Apple estava fazendo isso seguido e nos acostumou muito mal. O ritmo baixou, o que significa apenas que ela lucrou um pouco menos do que lucrou no ano passado. Afinal, foram 42,4 bilhões de dólares que entraram para os cofres da empresa só nos últimos 3 meses.

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No último trimestre, vendeu-se menos iPhones que no igual período do ano passado, mesmo havendo o lançamento de um novo modelo, algo que nunca tinha acontecido em março. Apesar disso, a Apple continua afirmando que o iPhone SE foi um sucesso.

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Mesma coisa com o iPad. O lançamento de um novo modelo fora de época (o iPad Pro de 9.7 polegadas) não ajudou a fazer a média de vendas do tablet aumentar, se comparada com os números do mesmo trimestre de 2015. Porém, apesar de ter vendido menos unidades, o faturamento foi maior que no Q3 de 2015, pois o preço dos iPads Pro aumentou.

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Já os serviços foram o único ponto que mostraram crescimento, com um aumento de 19%. São incluídas nesta categoria as vendas na App Store, as compras feitas com o Apple Pay, as assinaturas do Apple Music, do iCloud e a venda de músicas na iTunes Store.

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Alguns comentários feitos por Tim Cook e por Lucas Maestri, durante a apresentação dos resultados aos acionistas:

  • O faturamento com serviços aumentou 19% em relação ao mesmo período do ano passado e as vendas da App Store atingiram seu máximo histórico, ao mesmo tempo que a base de clientes segue crescendo e batendo recordes.
  • Apesar dos resultados serem menores do que foram no ano passado, eles ainda assim superaram as expectativas dos investidores, que esperavam um quadro pior. Isso fez as ações da Apple abrirem em alta de 7% hoje.
  • Segundo Tim Cook, a Realidade Aumentada há um grande potencial e é uma ótima oportunidade comercial. Citou o sucesso do Pokémon GO.
  • A procura pelo iPhone SE ultrapassou o volume fabricado, o que fez com que eles aumentassem a produção do modelo.
  • O preço médio do iPhone caiu para US$595, devido ao lançamento do SE, que tem um preço menor.
  • Os clientes que usam Apple Pay aumentaram 450% no último ano, graças à expansão dos serviços para outros países. Se fato, 50% do faturamento com o Apple Pay vem de fora dos EUA.
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