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Novo iPad poderia custar R$1.200, não fossem os impostos brasileiros

Que os impostos brasileiros estão entre os mais altos do mundo, isso ninguém duvida. Porém, muitos põem a culpa exclusivamente na Apple pelos preços dos seus produtos no país. Claro que, em certos casos, fica dífícil justificar os valores (como o iPhone 5, por exemplo), mas pelo menos no iPad, a mordida do leão é bem grande. Segundo um recente estudo, 42,2% do preço do iPad aqui no Brasil é só de impostos; é o imposto mais caro do mundo.

O estudo foi feito pela consultoria UHY e mostra que até mesmo a Romênia tem taxas menores que a nossa. O nosso iPad, que custa hoje R$1.749, tirando os 42,2% dos impostos sairia por cerca de R$1.200, um pouco mais do que o valor cobrado nos Estados Unidos (se convertermos para o dólar). Deste valor, ainda teria que tirar os royalties que a Apple cobra de suas regionais, para só então calcular o lucro da sucursal brasileira.

Se seguirmos a mesma lógica, daria para calcular o valor que o iPad mini chegaria no país (cálculo este sem compromissos). Custando US$329 nos EUA, a conversão no dólar de hoje daria uns R$680, mais os 42,2%, resultaria em um preço de R$970, mais ou menos. R$999,00 se a Apple for arredondar.

Mas o estudo ignora a isenção de alguns impostos que a Apple tem com os aparelhos fabricados no país. Apenas os primeiros lotes do iPad 4 são importados, até que a fábrica de Jundiaí consiga começar a produção nacional. Quando isso acontecer, estima-se que a empresa pagará 31% a menos de impostos federais e estaduais. Infelizmente, o Governo não obriga as empresas a repassarem para o consumidor os incentivos fiscais que recebem.

Há tempos está em discussão a necessidade de uma reforma fiscal urgente em nosso país. Se você não gosta dos preços abusivos que pagamos em nossos produtos, não fique só reclamando aí na frente do computador. Procure se informar e ver como você pode contribuir para que esta reforma aconteça. Seja ativo. ;)

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